quinta-feira, 28 de maio de 2009

Jack & Rose

Não, não é montagem.
Sim, as coisas já estiveram ok entre eles.

Violência

Um levantamento da Folha de São Paulo junto as Secretarias de Segurança e o IBGE com dados de 2008, constatou quais são os dez Estados mais violentos do Brasil.

1º. Alagoas: 66,2 homicídios por 100 mil habitantes

2º. Espírito Santo: 56,6

3º. Pernambuco: 51,6

4º. Rio de Janeiro: 45,1

5º. Bahia: 32,8

6º. Rondônia: 30,3

7º. Distrito Federal: 28

8º. Paraná: 27,1

9º. Sergipe: 26,9

10º. Mato Grosso do Sul: 25,2

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Bjork

Capa da última edição da revista Interview

Eugene Ionesco

Sabe quem é?

http://www.pensador.info/autor/Eugene_Ionesco/

Então!

Jogo de sala completo

Rubem Alves, um dos meus autores favoritos

O direito ao corpo

Tenho pensado naqueles que, por sua condição, prefeririam que a morte tomasse a vida no seu colo e a fizesse dormir

PARA provar uma ideia que todos consideravam louca, ele atravessou o oceano Pacífico, do Peru até a Polinésia, numa balsa semelhante àquelas que são usadas ainda hoje no lago Titicaca.
A tecnologia usada na construção da balsa tinha de ser aquela disponível em tempos pré-colombianos, pois a ideia louca que Thor Heyerdahl queria provar era que era possível que, em tempos imemoriais, os homens tivessem migrado pelo Pacífico usando os recursos de que dispunham.
Essa aventura fantástica tomou o nome de expedição Kon-Tiki, partiu da costa do Peru no dia 28 de abril de 1947 e chegou à ilha Raroia 101 dias depois, tendo navegado 4.300 milhas.
Aos 84 anos, quando estava com sua família gozando férias em sua casa na Itália, Thor Heyerdahl foi diagnosticado como tendo um tumor cerebral. Ele parou de comer e de tomar remédios até partir em sua última expedição pelo Grande Mar desconhecido...Era comum que os médicos de antigamente tivessem, na sala de espera de seus consultórios, a tela de Samuel Luke Fildes "O Médico". Lembro-me de tê-la visto pela primeira vez num consultório, enquanto esperava que o médico me atendesse. A tela me impressionou tanto que eu, menino de sete anos, sai da poltrona onde estava assentado e me aproximei da tela para ver os seus detalhes. Nunca esqueci. Cheguei a escrever um texto sobre ela. Ela representa a fantasia romântica do médico de antigamente que, com armas frágeis, lutava sozinho contra a morte.
Ele vivia fora do tempo. Era um médico de antigamente. Com sua velha maleta, ia pelos bairros da periferia de Campinas para atender os pobres. Meu afeto por ele cresceu quando vi, na sua casa, uma reprodução de "O Médico".
Já bem velho, com câncer, consultando seu corpo e sua alma, concluiu que não fazia sentido lutar uma batalha perdida. O certo seria que vida e morte seguissem seu caminho. Parou de comer e de tomar remédios. E foi assim que ele partiu...Esses dois casos me vieram à mente quando, provocada por circunstâncias, minha imaginação pensou a terrível possibilidade de um AVC que me condenasse a uma vida sem sentido, sem saídas, humilhante, um peso para as pessoas que me amam e impotente, vida que se resumiria numa espera do fim.
Eu deixaria de ser dono do meu próprio corpo e não teria mais o poder para tomar as providências para a aventura pelo Grande Mar desconhecido...
Lembro-me de uma paciente que me contou que o seu pai, homem religioso que rezava diariamente, começou a rezar o Pai Nosso de uma maneira diferente: passou a omitir a súplica "o pão nosso de cada dia dá-nos hoje". Do jeito dele, ele também tomou a decisão...
Tenho estado pensando nas pessoas que, por sua condição física de dor ou humilhação, prefeririam que a morte tomasse a vida no seu colo e a fizesse dormir. O desejo de morrer é uma oração, um suspiro da vida que deseja voar.
Acho que Bach concordaria comigo. Foi para esses que suspiram e desejam voar, ele mesmo inclusive, que ele compôs o seu comovente coral "Vem doce morte". Ouvindo esse coral, a partida fica triste, bela e calma...Agora me pergunto, eu gostaria de saber: se Thor Heyerdahl e esse médico anônimo de Campinas estivessem num hospital, ser-lhes-ia permitido bater suas asas?

Você, o que acha?

Deveres da sogra

Olha o tamanho do engradado da sogra e olha o dele!

Eu vejo o futuro repetir o passado... Eu vejo um museu de grandes novidades...

"A prosperidade de alguns homens públicos do Brasil é uma prova evidente de que eles vem lutando pelo progresso... do nosso SUBDESENVOLVIMENTO."

Stanislaw Ponte Preta disse isso há trocentos anos. Impressionante como continua atual, não?

Suzana Vieira véa de guerra

O que não faz uma photoshopada, não?!?

Do mrrogens.blogspot.com

giro à esquerda
À propósito da reunião organizada pelo ex-governador Zé-Reinaldo marcada para a próxima segunda, para reedição da frente de libertação, defendo que a 'reconstrução da frente' deve se dar à esquerda, construindo uma espécie de Frente de Libertação de Esquerda, excluindo-se o PSDB. O caminho é unir forças com os partidos progressistas e as forças de esquerda do estado a saber: PT, PC do B, PSB e PDT. Nomes fortes não faltam nesse campo para construção de um campo combativo de oposição ao governo biônico de rosengana e formação de uma frente progressista que chegue unida à 2010.

Grifo meu:

Sem o PSDB? Será? Num cridito. Aguardemos.

Cuidado ao mandar alguém a PQP


De Bela Vista, uma cidadezinha cercada de mato no interior de Minas Gerais, claro no Brasil, vem uma grande surpresa. Um dos bairros tem o nome de Puta que Pariu.
Então, na próxima vez que mandar alguém a puta que o pariu, cuidado. Pode custar caro a viagem.

Polícia X Bandidos

Sábado tem “show” do Moído na cidade
Os malas também vão participar da diversão

Imperatriz, sexta-feira, 4 da tarde, consultório odontológico, região central da cidade, próximo ao Socorrão.

Na recepção a funcionária do estabelecimento, clientes à espera do atendimento. Na maioria mulheres. Um homem apenas entre elas. Policial militar.

Entra no recinto um homem jovem, desses com cara de cidadão comum e dirige-se a recepcionista. Quer marcar uma consulta. O dente dele não está bom. Dói pacarai!

Alguns clientes à sua frente, esperam pela vez. Folheiam revistas, conversam entre si, falam ao telefone, observam o ambiente, esperam.

Alguns minutos depois o rapaz que entrara por último pergunta:

- Falta quantos pra mim (sic) ser atendido, moça?

- Mais uns três, senhor. Responde ela.

- Quanto tempo, mais ou menos? Insiste o homem.

- Uma meia hora.

Ele olha em volta, ´filma` o ambiente, analisa, toma um fôlego faz um gesto como que chamando alguém, através de uma janelinha que dava pro ambiente externo.

Nesse momento entra no consultório outro rapaz, puxa a arma e juntos anunciam o assalto.

- Perdeu, perdeu! Todo mundo quéto! Passa o celulá! Cadê o dinhêro! Me dá esse colá aqui! Rumbora logo! E não me olha não, senão eu atiro! Dou um teco! Vamos! Vamos!

Um escorava com o berro, o outro dava o baculejo na clientela. Com especial atenção ao único homem entre os clientes. Os bandidos não sabiam que o cara era um policial militar, mas sabiam que tinham de ficar ligados nele.

No cós da calça do policial estava uma pistola calibre 9mm.

Com mais de 15 anos de polícia ele já tinha passado por experiências parecidas fazendo revistas em presos dentro da CCPJ e até já tinha escorado bandido com arma, o camarada com um revólver na cara dele e ele com um fuzil na cara do bandido, além é claro, de toda a experiência da lida diária de um policial.

Ele sabia que naquele momento precisava se valer dessa experiência pra não morrer ali naquele ambiente fechado. Sem boas chances para reação, sem vítimas do lado dos que estavam sendo assaltados.

Pistola para ser usada geralmente precisa ser armada, engatilhada primeiro, pensou ele. Com dois caras armados e tendo apenas ele de homem não daria tempo. Podia ferir alguma das vítimas. Portanto, reagir não estava em seus planos.

Foi quando um dos ladrões determinou que ele levantasse. Queria revistá-lo.

O policial pensou com ele:

- Agora eu to morto! Ele vai encontrar arma e vai me atirar!

Usando sua experiência em revistas, levantou-se e pôs as mãos uma por sobre a outra, numa posição em que parte do braço ficaria em cima do cabo da arma. Estratégia pra disfarçar o volume do cabo na camiseta.

O bandido lhe revista vindo de baixo até chegar à região genital, por entre as pernas, e quando o mesmo começa a tocar próximo a arma, ele se vira de costas e abre as pernas. Outra estratégia para se livrar do "flagrante" e mostrar que estava colaborando com a ação. O ladrão vê a carteira do mesmo no bolso de trás e cresce o olho edesiste de prosseguir a revista. Abre a carteira.

O policial, pensa:

- É, agora não tem mais jeito. Ele vai ver minha carteira de polícia assim que abrir e vai atirar. Meu Deus, me ajude!

Na carteira, 450 reais em dinheiro e um cheque de mil conto.

Quando o malaca viu as notas de real pegou-as rapidamente, jogando a no chão. A carteira cai aberta mostrando justamente a carteira de identificação com a inscrição em letra graúda “POLÍCIA”.

- Eita, porra! Pensou o policial.

Nesse instante o bandido já dava o baculejo em outras pessoas. O policial pisa em cima da carteira e puxa-a devagarzinho em sua direção. Sem chamar a atenção. Ufa!

Por conta dos últimos acontecimentos na cidade, em que malas têm tombado em pleno exercício da “profissão” com balaços nas costas disparados por seguranças armados dos estabelecimentos roubados, eles se retiraram do local de frente paras vítimas, de arma em punho, gritando palavras ameaçadoras e trancaram a porta do consultório, sairam do raio de visão das vítimas e tomaram rumo ignorado.

Os clientes ao perceberem que já estão a salvos daquela situação começam a se movimentar, atônitos com a ousadia dos caras e com o risco de morte iminente que acabaram de passar. Confortam-se entre eles, enquanto uma senhora precisa de atendimento médico, pois está muito nervosa. O policial faz uma ligação de um dos celulares que sobrou da parada e avisa a central da PM, dando as características dos mesmos. A senhora foi encaminhada ao hospital e o dentista que atendia noutra sala, só veio tomar mconsciência do ocorrido minutos depois.

Assim encerra-se se mais uma parada das muitas que acontecem diariamente em Imperatriz e Brasil a fora, ficando a sensação de que poderia ter sido pior, caso o policial não tivesse usado sua experiência para administrar a situação e tivesse reagido como muitos o fazem.

Lembrei de um caso em que uns assaltantes renderam um ônibus lotado de policiais que se dirigiam para um evento da polícia na capital e um dos passageiros reagiu ao assalto, resultado: uma criança morta e um policial ficando tetraplégico.

A ação toda no consultório durou por volta de dez minutos e, tanto o policial quanto sua família acredita num livramento de Deus. Mas há que se dizer que ele ter tido a "frieza" de não reagir colaborou bastante com o desfecho.

O mais curioso é que no dia seguinte, à noite, o mesmo policial vai a uma agência bancária na Av. Bernardo Sayão, à paisana, e adivinhem quem ele encontra saindo do banco após um saque no caixa eletrônico com a maior cara de cidadão comum? Pois é, ele mesmo, o vagabundo! Mundinho pequeno esse, não?

O mala subiu na moto, olhou para os lados e ´capou o gato` rumo ao parque de exposições. Foi curtir o show do Moído. Ao vivo. Se divertir um pouco que ninguém é de ferro. Pra semana tem mais parada pra fazer. Se a PM prender, o doutor juiz solta. Tá na lei.

Mas, deixa estar, os dois estão na lista do monitoramento/serviço velado da PM e vão cair em definitivo uma hora dessas. Ah, se vão!

No dia em que sai de casa...

terça-feira, 26 de maio de 2009

Deu na Folha e repercutiu no blog do Noblat

Petistas têm 1/5 dos cargos de confiança


Pesquisas mostram que sindicalistas foram nomeados para 43% dos postos desse tipo no governo federal

De Fernando Barros de Mello:

Cerca de 26% dos profissionais que ocupam cargos de confiança no governo Lula ou já foram ou são filiados a um partido político. Desse total, a grande maioria é de filiados ao PT, aproximadamente 80%.

Os dados fazem parte de duas pesquisas recentes feitas pelo CPDOC (Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil) da FGV, coordenadas pelas cientistas políticas Maria Celina D'Araújo e Camila Lameirão.

Em 2007, a Folha revelou que 45% da cúpula do governo era sindicalizada. Os novos indicadores mostraram poucas variações no decorrer do dois mandatos de Lula. Os sindicalizados variaram para 42,8% (mais alto do que a da média nacional de 17,7%, segundo os dados da Pnad de 2007).
Ainda na comparação entre os dois mandatos de Lula, a participação em movimentos sociais foi de 46% para 46,3% e, em organizações locais, de 23,8% para 26,8%.

"Vale destacar o incremento no pertencimento a centrais sindicais, indicando a corroboração da tese de que esta é uma instância que efetivamente está sendo fortalecida pelo governo", escreve Lameirão. O percentual de pessoas ligadas a centrais sindicais passou de 10,6% para 12,3%.

A estrutura administrativa do poder Executivo federal conta com mais de 77 mil cargos ou funções de confiança, nomeados pelo presidente, por ministros ou por autoridades competentes. Cerca de 26% desse total, mais de 20 mil pessoas, são cargos DAS (Direção e Assessoramento Superior), alvos da pesquisa.

Quanto mais alto é o cargo de confiança, mais filiados há. Os cargos de confiança analisados foram os chamados DAS-5, DAS-6 e Natureza Especial. Nos DAS-5, são 59,3% de filiados e 30,6% nos DAS-6.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Pra comer com os olhos

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Crônica com o mestre Bial


Bom, ruim, assim, assim


Quer saber de uma coisa? Tudo pode ser bom, ruim e principalmenteassim, assim.
Tudo ao mesmo tempo ou não, e não necessariamente nessa ordem.
Bom é chegar na praia à tardinha, anuncio de por de Sol, a água de ondas mansinhas, jogar bola na espuma e sob o céu encaixar como se fora Tafarél.
É bom também quando começa a chover e as gotas fazem cócegas na superfície do mar, como se um cardume infinito prometesse matar a fome de todo o Vidigal, Rocinha, Cidade de Deus e Vigário Geral.
Ruim é lembrar daquele amigo que de prancha na mão morreu com um beijo roubado de um raio.

Da lembrança a correria. O medo... o medo... medo é bom, ruim é o medo de ter medo!
Bom é voltar, trocar chuva por chopp e passar atrás da pelada. A bola vai pra fora e como na crônica de Rubem Braga sobra pra você que mata no peito, faz embaixadinha e devolve redondo... num chute perfeito!
Ruim é a fisgada na coxa, sair mancando disfarçadamente...
A vergonha de ta decadente não é ruim, ruim é o orgulho que senega a reconhecer a decadência.
É bom a cidade estranha em que você nunca esteve e sabe quenunca mais vai voltar, e nesse lugar você tem uma obrigação sem graça que cumpre com estilo e precisão, traçando um dia perfeito no arco do tempo.
Quando cai a noite é bom tomar um banho e sob o chuveiro é bomsentir saudade, ruim é não ter saudade, e como é bom sair sem direção pelas ruas da cidade pensando no que você fez da sua vida e o que a vida fez em você...
Bom é sonhar, realizar não é tão bom, mas ruim mesmo é nãorealizar.O fim de um grande amor é muito, muito ruim, um grande amor nãotem fim!
Bom é amar, ruim é amar... Bom é encarar a vida com fantasia.
Quando um poeta desaparece é bom botar chapéu de Bogart quetudo pode solucionar...
Ruim é encontrar o precipício, morrer não deve ser tão ruimassim...
E pode ser bom falar sobre bom e ruim, e pode ser pior assim, assim ... bom!

Bolsa-radio

Bolsa-radio estilosa pra você ouvir a Mirante FM toda noite a partir das 20 horas

Regis Danese vem a Imperatriz


Considerado um dos maiores fenômenos na música gospel brasileira na atualidade, Regis Danese canta em Imperatriz no próximo dia 11 de junho.
Vencedor em 4 categorias do troféu Talento 2009, importante prêmio da música gospel, sendo melhor intérprete masculino, destaque 2008, cantor do ano e música do ano, Regis tem agenda concorrida pelas principais cidades brasileiras, e onde toca arrebata multidões.
Os organizadores do evento em imperatriz esperam um grande público para a apresentação do artista por aqui.
Segundo o radialista Alfredo Varela, que também é músico, Regis Danese é hoje um artista do primeiro time da música gospel no país e um músico de primeira linha. Ele disse ainda que o artista está sendo muito aguardado pelo povo evangélico e que acredita que o mesmo fará uma grande apresentação em Imperatriz.
Divulgando o seu último cd "Compromisso" pelo país, Regis Danese disse através de sua assessoria que espaera ansioso pela sua vinda a Imperatriz, já que é a primeira vez que ele se apresentará na cidade, e que ouviu de outros colegas artistas que Imperatriz é uma terra muito calorosa com seus visitantes. Verdade.

Sim ou não?

A Câmara seria melhor porque o Governo é melhor?

Que nem jiló



“Ai quem me dera voltar pros braços do meu xodó/Saudade assim faz doer e amarga qui nem jiló”
Não foi por acaso que Luiz Gonzaga comparou o travoso sabor da falta do ser amado ao amargor do jiló.

Captou?

Estranhamente, hoje, ao mesmo tempo que todos acreditam em tudo que a mídia diz, elas não acreditam em nada do que as pessoas falam.

Entrevista de Edson Vidigal a Robert Lobato


Sempre muito autêntico e transparente nas sua convicções, o ex-presindente do Superior Tribunal de Justiça, Edson Vidigal, falou com exclusividade ao blog.

Maranhense da cidade de Caxias, Edson de Carvalho Vidigal tem uma biografia digna de um roteiro de filme. Antes de se tornar juiz, atuou no jornalismo por vários anos. Começou como repórter policial com apenas 14 anos. A política também entrou cedo em sua vida. Ainda não tinha nem 20 anos e já era vereador em Caxias, mas foi preso e teve mandato cassado no começo do regime militar, em 14 de abril de 64.

Em 1978, voltando ao estado de origem, elegeu-se deputado federal, e no congresso trabalhou pelas eleições diretas e pela redemocratização do País ao lado de Ulisses Guimarães e Tancredo Neves.

Em 2006 foi candidato ao governo do Maranhão pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) onde obteve quase 15% dos votos, percentual que fez com a eleição tivesse segundo turno e favorecido a vitória do governador Jackson Lago (PDT). Abaixo, íntegra da entrevita com o ex-ministro Edson Vidigal.

O que significou para o senhor a cassação do governador Jackson Lago?

Edson Vidigal - Um retrocesso político irreparável para o Maranhão. Um prejuízo enorme para a democracia no Brasil. A douta maioria do TSE pareceu demonstrar que ainda não entendeu a amplitude do projeto de construção de um verdadeiro Estado de Direito Democrático inscrito na Constituição da República.

O artigo primeiro, que instaura a República no Brasil, só contém um parágrafo e nesse parágrafo único estabelece a premissa única sobre a qual há de se manter funcionando a República.

A Constituição da Republica decreta que “todo o poder emana do Povo que o exerce por meio de representantes eleitos” e mais adiante estabelece que só pode ser considerado eleito Governador de Estado, por exemplo, quem tiver obtido a maioria absoluta dos votos.

Para se obter essa maioria absoluta dos votos a Constituição manda que se realizem até duas eleições. Ora, quem perdeu no primeiro turno e não obteve maioria absoluta dos votos no segundo turno não pode ser considerado eleito. Portanto, não pode exercer o Poder em nome do Povo.

Entregar o Governo a quem não foi eleito é mais que ofensa à Constituição. É tripudiar sobre a vontade da maioria do Povo. Logo, o Governo que a maioria do TSE instaurou no Maranhão é ilegítimo, no mínimo ilegítimo porque não tem origem na vontade da maioria absoluta do Povo.

A cassação decorreu de uma soma de fatores que, a estas alturas, nem cabe mais analisar. As medidas judiciais cabíveis foram ajuizadas, todas elas até agora sem resultados e nem creio que esses resultados aconteçam a tempo.

O sistema judiciário brasileiro ainda se move numa imensa caatinga de leis equivocadas, jurisprudências superadas e mentes brilhantes, algumas delas, porém, inconstitucionais e outras até anti-democráticas ou anti-republicanas.

Não que sejam conscientemente contra a democracia ou contra a República, o que seria entende-las como sendo favoráveis à monarquia mais decadente ou à oligarquia mais perversa, vingativa e carcomida como essa do Maranhão.

Acham que defender a Democracia e a Republica é coisa para os políticos, ponto de vista aliás reacionário e muito retrógado. Juiz tem que se interessar, sim, por política, tem que estar antenado à realidade política porque na Democracia a política é o único instrumento transformador da sociedade.

Ao compreender a Constituição da República, o Juiz não tem como se esgueirar dos seus compromissos para com o Estado de Direito Democrático. Suas decisões não podem se dissociar desse direito maior da sociedade, que é o de viver num Estado de Direito Democrático. A interpretação do direito não pode nunca ser dissociada da afirmação republicana e democrática.

Aquela tigresa do Caetano Veloso, que gostava de política em 1966 e que hoje dança no frenético dance in deis, já cumpriu o seu papel e já não serve mais como exemplo.

O senhor acredita que poderia ter havido outro desfecho para o processo que não a cassação?

EV - Acreditei até um certo momento que a Constituição da Republica, tão explícita quanto ao tema, haveria de prevalecer sobre as firulas jurisprudenciais.

Mas a partir de dado momento, quando percebi que a maioria, ainda que precária, tendia para acatar a idéia de que aquilo tudo era para entregar o Governo do Maranhão de volta a quem havia, de fato e de direito, perdido as eleições, não arredei da trincheira, como todos viram, e minha reação foi reforçar os compromissos de luta pelo fortalecimento e independência do Judiciário no Brasil. Foi quando pude constatar o quanto ainda cambaleia a democracia no Brasil.
A cassação mostra que o senador José Sarney é invencível, já que se não ganha no voto, ganha nos tribunais?

EV - Nesse quesito, ele se acha o cara. Mas vejo estar próximo o tempo em que não vai ser mais assim…
Qual a opinião do senhor sobre a condução do processo de cassação feita pelo governo? Houve erros?

EV - Muitos subestimaram o processo pelo vazio das alegações, provas engendradas, acusações sem base legal.

Eu fui um dos primeiros a examinar o processo e, confesso, não ter vislumbrado êxito. Na minha visão, era uma chicanagem e não foi mais que isso.

Mas não fui só eu quem pensou assim.

O Senador Sarney, sempre cauteloso em suas manobras e golpes, consultou antes vários advogados de renome em Brasília e todos lhe disseram que aquilo não tinha rumo.

Os advogados procurados recusaram patrocínio à causa. Ninguém iria emprestar seu nome a um absurdo daquele.

Foi aí que entrou aquela respeitável dupla goiana. Mas a verdade é que ninguém, e volta e meia nem o próprio Sarney, acreditou que aquilo pudesse dar no que deu.

A idéia inicial era apenas manter o Jackson emparedado com o factóide do processo, tendo assim um fantasma diuturno a enfraquecer politicamente o seu Governo.

Mas quando Sarney viu Jackson deixando correr frouxo, subestimando não só o processo mas também a sua competência de não dar refresco ao inimigo, quando viu que do lado da potencial vitima ninguém se mexia, aí ele assumiu o confronto, passando a atuar abertamente nos bastidores.

E nesses cenários ele é competente, ele chora, mostra humildade, bajula, seduz, injuria, enfim faz as pessoas acreditarem até que o diabo vai mesmo sair da garrafa.
Aliás, Sarney teria menos prejuízo político se o processo não tivesse o desfecho que teve, o Jackson saindo como vitima e a filha dele sendo empossada na marra, antes da publicação do acórdão da decisão judicial, não dando tempo para o Supremo apreciar o recurso do Jackson.

Claro que foi uma violência judicial estribada na inconstitucional jurisprudência predominante e em equivocadas interpretações ordinárias da lei ordinária eleitoral.

Agora eles todos estão vendo os erros que cometeram (eu ia dizendo os eros que cometeram…)

Como o senhor avalia o governo Jackson Lago?

EV - Ele, Jackson, acha que foi tirado por causa dos acertos que cometeu. Eu registro que a unidade que não mediu sacrifícios para vencer as eleições no segundo turno se esfacelou entre a vitória e as primeiras semanas de Governo.

O Jackson foi sendo isolado pelo seu pequeno grupo e os parceiros das lutas foram sendo tratados como estranhos no ninho, mantidos à distância.

Obter o poder, ainda que pela via eleitoral, não significa que se é detentor automático da confiança do Povo. Uma coisa é encarnar as esperanças do Povo, outra coisa é deter a confiança do Povo.

A confiança há que ser conquistada no dia-a-dia das ações políticas e no respeito quase litúrgico aos compromissos das alianças políticas.

Quando se ganha o Poder do Estado tem que se trabalhar todo o dia, intensamente, para se ganhar o Povo inteiro. A tarefa maior é do líder.

No caso do Maranhão, apoiei a coligação do Jackson no segundo turno porque ele aceitou fazer conosco, da nossa coligação – PSB, PT, PC do B, PRB, PMN, um Governo de coalização, que iria fazer a transição.

Ainda hoje estamos nessa. Precisamos eleger um Governo de coalizão para fazer a transição dos 60 anos de atraso (20 do vitorinismo mais 40 da oligarquia sarneisista) para uma nova fase de práticas políticas republicanas e de ações administrativas desenvolvimentistas, todos enfim trabalhando juntos e seriamente construindo Estado capaz de assegurar melhores condições de vida a todo o Povo maranhense.

Mas o que logo se viu não foi a coalizão, mas a colisão do fogo amigo…
Aliados reclamavam muito do tratamento dispensado pelo governo. Você considera que o governo errou no tratamento com a classe política que o apoiava?

EV - Errou bastante, pareceu não estar interessado em somar forças, nem em dividir tarefas. Pareceu querer fazer tudo sozinho, lá entre eles, uns poucos que cercaram e mantiveram o Governador no isolamento, numa espécie de cativeiro. Afora a mediocridade ambulante e indiscutível de que, em muitas áreas vitais, ele se acercou.

Meu receio era o de que, ao final, o Governo não desse certo. Bem, nem houve tempo para se chegar ao final.
Em algum momento o senhor achou que o governador Jackson Lago não seria cassado?
EV - Como eu já disse, no começo não tinha porque acreditar que aquilo tivesse seguimento. Aquele processo era pura armação.

Aquilo tudo foi tão engendrado que, no julgamento, nenhuma acusação obteve unanimidade. Os votos favoráveis foram todos divergentes nas conclusões. Ao rigor, não dava nem para lavrar um Acórdão.

Mas todos viram, no final, a ginástica verbal da boa-fé iludida querendo transmudar a ignorância da realidade dos fatos em erudição doutrinária. Isso tudo para caber num Acórdão.
Os diretórios estaduais do PSDB, PT e PSB entraram com recurso para cassar a diplomação da governadora e do seu vice. Esse recurso poderá ter algum efeito prático?
EV - Na minha leitura, o efeito é moral. E moral para nós é muito, é quase tudo. Não podemos perder é o moral. Quando se perde o moral se perde o respeito. E a falta de respeito é muito danosa à legitimidade de qualquer causa.

Fosse em outra conjuntura, eu talvez até proclamasse alguma fé. Mas depois disso tudo que aconteceu… O melhor a fazer é seguir em frente trabalhando uma nova vitória com a qual possamos construir um novo futuro para o Maranhão.
Por que o PC do B foi não subscreveu o recurso? Não foi procurado pelos demais partidos?

EV - O prazo para o recurso estava em cima, não houve tempo de procurar a todos. Acho que foi isso.
Vamos falar um pouco sobre São Luis. Como o senhor está vendo a administração do prefeito João Castelo?
EV - Pago impostos também ao Município. Tenho o direito de fiscalizar a administração e de fazer cobranças. Sou cidadão de São Luis.

Por enquanto, com esses aguaceiros e a cidade ainda vitimada por modelos anacrônicos de administração, não é possível esperar do Castelo um enfrentamento dessas mazelas em tão pouco tempo. Vamos esperar que as chuvas passem…
Quais as áreas, na sua opinião, que o prefeito deveria dá maior atenção?EV - Não fui candidato a Prefeito, portanto não tenho uma agenda de prioridades administrativas.

Mas não podemos perder de vista que moramos numa ilha oceânica e que além da água salgada que nos cerca não teremos para onde nos expandir.

A ilha começa a perder lentamente a qualidade das praias e me preocupa, por exemplo, imaginar a vida desse Povo tão pobre sem a saúde das praias.

A especulação imobiliária não pode continuar em rota de colisão com os direitos da população ao meio ambiente.

Temos problemas gravíssimos de saneamento básico, de planejamento urbano, de falta de água de beber, de carências de saúde, de deficiências na educação.

Transporte coletivo e segurança das pessoas são prioridades inafastaveis, ainda mais agora que o governo biônico que se aboleta no Estado se ocupa em desfazer tudo de bom que, nessa área, a parceria entre o Maranhão e o Governo Federal, sob a gestão da Eurídice, conseguiu empreender.

A Coligação Unidade Popular, formada pelo PC do B e pelo PT, liderada pelo deputado Flávio Dino nas eleições de 2008, move uma ação no TRE igual a que o grupo o Sarney moveu para cassar o governador Jackson Lago no TSE. Qual a sua opinião sobre essa ação?

EV - Não conheço a petição inicial. O Flávio é professor de Direito e como Juiz Federal fez parte do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão.

A coligação que o apoiou o Flavio acha que foi lesada. A Constituição da Republica garante que nenhuma lesão a direito escapará da apreciação do Poder Judiciário.

Por outro lado, a mesma Constituição assegura que nenhuma decisão judicial será adotada sem respeito à ampla defesa, ao contraditório das provas e sem a observância do devido processo legal.
Pessoalmente, tenho posição doutrinária contra se entregar o Poder a segundo colocado. Sou a favor de que em qualquer hipótese de eventual cassação de mandato majoritário admitida pela Constituição se convoque nova eleição. Gosto de repetir como se fosse um mantra – “Todo poder emana do Povo que o exerce por meio de representantes eleitos…”

Como o senhor avalia a iniciativa do governo de entrar na justiça para impedir que os municípios recebam recursos oriundos de convênios entre o governo Jackson Lago e os municípios?

EV - Isso é jogada política. Os mentores de Dona Roseana Sarney querem achacar apoio político dos prefeitos.

Tomando-lhes de volta o dinheiro dos convênios, acham os mentores que poderão submeter os Prefeitos à vontade política da oligarquia. Daí dizerem que examinarão os convênios casa a caso.

Ou seja, querem chamar pra perto para enfiarem a faca. Mas isso já está tão manjado..

Na sua opinião, que posição o PSB deverá ter em relação a 2010? Há algum nome hoje que pode unir as forças anti-Saney numa ampla aliança para as eleição do ano que vem?

EV - Defendo no partido a reedição da mesma coligação, e com a mesma composição das chapas majoritárias e proporcionais.

Como foi em 2006? O PSB indicou o Governador, o PT indicou o Vice-Governador. O PSB indicou um nome para Senador e o PT indicou outro nome para Senador, isso numa eleição em que só havia uma vaga para o Senado. Agora serão duas.

A coligação somou além do PSB e do PT, o PC do B, o PRB e o PMN. Todos juntos disputamos as eleições majoritárias e proporcionais.

Nossa coligação, fez quase 15% dos votos para Governador, o que acabou empurrando a Roseana e o Jackson para o segundo turno e ainda elegeu 04 deputados federais e 06 deputados estaduais.

Em 2010 poderemos repetir, e com mais chances de êxito, a mesma receita. Havendo segundo turno, com um pouco mais de juízo e menos ingenuidade, ou seja, mais calejados e mais maduros, venceremos com o nosso candidato ou outro candidato de oposição que nos passar à frente em votos. A oligarquia está agonizante.

O senhor coloca o seu nome à disposição das oposições para candidato a governador?
EV - O José Reinaldo cresceu muito junto às bases municipais com essa jogada da Roseana de querer tomar dos Prefeitos o dinheiro dos convênios. O nome dele só tende a crescer ainda mais.

É um nome simbólico nessa antinomia, Povo usurpado versus Roseana. Nem teria eu me candidatado em 2006 se ele pudesse ter sido candidato.

O outro nome, que não se deve omitir, em nenhuma hipótese, no espaço eleitoral da revanche, é o do Jackson.

Na nossa coligação – PSB, PT, PC do B, PRB, PMN, temos outros bons nomes como o Flávio [deputado Flávio Dino/PC do B], que tem sido um dos melhores Deputados do Brasil e o Marcelo Tavares, que tem se revelado grande capacidade de liderança.

O PSDB por sua vez cresceu muito nas últimas eleições. Além da liderança eleitoral expressiva de Roberto Rocha, que tem se mostrado um grande aglutinador, tem sob seu comando as Prefeituras de São Luis com o Castelo, a de Imperatriz com o Madeira e a de Açailandia com o Ildemar.

O cenário hoje indica a existência de nomes muito mais viáveis eleitoralmente do que o meu.

Perguntinha

É impressão minha ou Imperatriz absorve com mais facilidade que outras praças todo tipo de lixo cultural?

Será se agora vai?

Mercadinho ou Nova Delhi?
A prefeitura de Imperatriz ensaia mais uma vez a organização do trânsito na cidade.
Algumas das reclamações mais comuns:

No Mercadinho tem-se a impressão de estar na Índia, de tão muvuquento que é. Nas principais avenidas a desordem é geral. Carro estacionado, parado em local proibido é coisa comum. Agente em locais mais movimentados em horário de pico inexiste. No fim de semana a fiscalização é zero. Motociclista ultrapassando pela direita é corriqueiro. Os índices de acidentes no trânsito são enormes. Falta sinalização. Reclamam da sinalização sempre falha. Está quase tudo por fazer.
Considerado um trânsito difícil por quem mora aqui e por quem visita a cidade, nosso trânsito foi alvo de tentativa de ordenamento em todos os governos. Todos falharam.
Na atual gestão, ensaia-se a organização do mesmo com o lançamento do PROMETI - Programa Municipal de Educação Para o Transito de Imperatriz, que defende como meta a preparação do cidadão para a busca de um trânsito seguro.
O evento de lançamento do programa acontece dia 2 de junho, no auditório da saúde, na Av. Dorgival Pinheiro de Souza, às 9 da manhã. Todos os públicos envolvidos na questão estão sendo convidados.
Cabo J. Ribamar, secretário de trânsito e transportes do município, ultima os preparativos para enfrentar um dos primeiros grandes desafios de sua gestão na SETRAN, com o lançamento do programa.
A transformação da superintendência de trânsito em secretaria foi uma boa sinalização de que o prefeito pretende enfrentar o problema.
Dar um jeito em definitivo no trânsito da imperosa é um pepino tão grande quanto o do re-ordenamento urbano proposto recentemente pela Secretaria de Meio Ambiente e Planejamento Urbano. Código de Posturas em Imperatriz sempre foi meio conversa pra boi dormir.
O pedestre, o motorista, o cidadão esperam pela resolução do problema. Apostou mais uma vez nisso. Vai cobrar depois.
São duas espinhas dorsais da cidade importantes, que carecem de pulso e coragem para mexer. Madeira diz que desses males ele não padece. Veremos.
Enéas Rocha, do Planejamento Urbano ta empolgado. O Cabo J. também. Dois bons testes em andamento. Será se agora vai?

sábado, 23 de maio de 2009

Reino animal em destaque

Num vem não!

Porco espinhozinho




Mel

Carona


Derrapada


Cambito

Batalha


Aconchego



Ele não assume, mas sonha dia e noite com terceiro mandato

Lula falou aos repórteres Helio Gurovitz e Paulo Moreira Leite. Conversaram mais sobre o para-brisa do que sobre o retrovisor.

A idéia era arrancar de Lula impressões sobre o Brasil de 2020. O resultado foi às páginas da última edição de “Época”. Vão abaixo algumas das declarações feitas por Lula:


- País do futuro: Meu governo sempre pensou no futuro e faz isso até hoje ]...]. Ouso dizer que não existe no mundo hoje nenhum país com a quantidade de obras simultâneas que tocamos no Brasil. Estou falando de eclusas, hidrelétricas, saneamento básico, rodovias, aerovias e aeroportos, de internet, do programa habitacional... Posso pegar o Rio de Janeiro como exemplo. Duvido que, em algum momento nos últimos 30 anos, o Rio tenha tido tantas obras feitas com dinheiro federal. Não quero que, daqui a dez anos, o Rio continue conhecido como a cidade que tem a favela da Rocinha, o Complexo do Alemão, a favela Pavão e Pavãozinho. Quero que esses lugares sejam vistos como bairros. Isso é pensar no futuro.

- Legado bendito: No ano que vem, eu quero apresentar um PAC para 2010 e 2014. Não estarei mais no governo. Será uma prateleira de projetos aprovados para quem vier depois. A pessoa pode até não querer fazer. Mas, se quiser fazer, eles estarão lá. Não vai acontecer o que aconteceu comigo. Quando cheguei aqui, o Ministério do Planejamento não tinha um projeto aprovado. Tivemos de começar do zero: projeto básico, projeto executivo, licença prévia, uma série de providências que demoram três anos [...]. Eu quero deixar este país preparado [...]. Se cada presidente deixar um conjunto de obras estruturantes para o sucessor, o país dará um salto de qualidade nos próximos 20 anos [...].

- Legado bendito 2: Quero deixar uma nova relação que o governo conseguiu estabelecer com a sociedade. Parte da sociedade se sente responsável pelo meu governo. Nestes sete anos, já fiz mais de 50 conferências nacionais: conferência de habitação, da saúde, de GLTB [Gays, Lésbicas, Transexuais e Bissexuais], de educação. A única conferência que falta fazer é a de comunicação, que vamos fazer neste ano. Vai ser muito difícil mudar a relação que construí com a sociedade. É uma relação de confiança. As pessoas têm de perceber que um governo não é feito para quem governa. As ideias não têm de ser suas, necessariamente. Talvez essa seja uma vantagem minha. Quando o cara é bem formado intelectualmente, acha que já sabe tudo o que se apresenta a ele. Não tem nem ouvido. Como eu não sei muita coisa, tenho uma capacidade de ouvir muito grande. Seria muito melhor para o mundo se os governantes aprendessem a ouvir.

- Petróleo: O Brasil não pode, no futuro, imaginar que vai exportar petróleo e participar da Opep. O Brasil tem de ser exportador de derivados. Vamos extrair e refinar a gasolina de qualidade, o diesel de qualidade e, assim, gerar riqueza aqui dentro. Também vamos desenvolver uma forte indústria petroquímica. Se não for a melhor do mundo, estará entre as primeiras. Terceiro: vamos criar um fundo para cuidar da educação e da pobreza. Daqui a 20 anos, a gente poderá saber o que esse petróleo que nós encontramos deu de qualidade de vida para o povo brasileiro.

– Reforma política: Já é quase um consenso entre as pessoas que fazem política que precisamos de uma reforma profunda. Os partidos não podem ser aquilo que são hoje. A reforma é inexorável. A coisa mais barata para uma eleição neste país é você aprovar o fundo público de campanha. Não dá para você ficar numa promiscuidade entre o político e a classe empresarial. As coisas têm de ser mais transparentes. Os partidos têm de ter força. Você tem de negociar com o partido, não com pessoas. Eu acerto uma coisa com um deputado em nome do partido, aí vem um (outro) deputado e diz: ‘Não, não era isso’. Você precisa de instrumentos de negociação. E para isso a questão da lista [fechada de votação] é importante. Porque aí o presidente tem com quem negociar. Nós mandamos sete propostas para o Congresso. Eu não queria. Passei muito tempo achando que não era uma coisa do Executivo, mas do Legislativo. Quando vi que eles não faziam, decidi que devia mandar. Se quiserem utilizar, utilizam.

- Lado bom da crise: [...] Fico muito feliz que a teoria do Estado mínimo e do mercado máximo ruiu. E isso não foi na Venezuela, na Bolívia ou no Paraguai. Foi nos Es-ta-dos-Uni-dos-da-A-mé-ri-ca-do-Nor-te. Na Alemanha. Na França. Na Inglaterra. Quando o Lehman Brothers quebrou, quem se tornou o salvador da pátria? O Estado. A GM já não sabe mais nada. A Ford já não sabe mais nada. Os banqueiros também não. Quem sabe? O Estado. Isso aconteceu por uma providência de Deus, que restabeleceu a normalidade do papel de cada um.

- Educação: Estou feliz com o que fazemos em educação, mas eu poderia estar mais feliz. Entre 1909, quando Nilo Peçanha fez a primeira escola técnica do país, em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, e 2003, foram feitas outras 140 escolas técnicas. Isso em 94 anos. Em oito anos, nós vamos fazer 214. Só neste ano vou inaugurar cem. Outra coisa: basta imaginar o significado para o futuro do ProUni [programa de crédito para financiar alunos carentes em universidades privadas], com 535 mil alunos. Ou o significado do ReUni [programa de expansão de vagas das universidades federais].

- Impostos: Defendo menos impostos se isso não contribuir apenas para aumentar o lucro empresarial, mas também para a geração de empregos e a distribuição de renda. Em todos os países mais pobres, a carga tributária é muito baixa. Em todos os países com a melhor qualidade de vida, é muito alta. Você pode pegar da Finlândia até a Inglaterra. Em alguns lugares, você taxa menos a produção e taxa muito a pessoa física, o rendimento. Não existe outro jeito de fazer justiça social. [...] O debate sobre Estado mínimo é uma bobagem. Ou você tem um Estado que funciona ou aquele que não funciona [...].

- Previdência: Sou defensor da ideia de que, a cada 30 anos, deveríamos fazer uma reforma da Previdência. Uma geração tem de preparar a aposentadoria da geração seguinte. [...]Agora, é bom esclarecer que a Previdência não tem déficit [...]. O que acontece é outra coisa. O Tesouro joga nas costas da Previdência os gastos com a Seguridade Social [...].

- 2010: Outro dia eu disse: ‘Feliz do país que terá em 2010 uma disputa entre Serra e Dilma’. Você vai ter duas pessoas que têm divergências, concepções diferentes, mas duas pessoas que têm passado político. Foi importante eu e o Fernando Henrique Cardoso disputarmos, sabe? Foi uma melhora no quadro espetacular [...]. Eu acho que quem vier depois de mim vai pegar o país mais elaborado, mais estruturado. Aí, fica mais fácil. E quero que quem vier depois de mim, o outro ou a outra, deixe o país muito mais preparado para 2022, que são 200 anos de independência.

Gisele Bundchen vai ser mamãe

Alguns sites já confirmam a gravidez de Gisele Bündchen.Primeiro bebê dela, segundo de Tom Brady.Vai ser um bebê lindo.
Ensaio recente feito para uma marca de biquini estrangeira.
Clique nas fotos para ampliar.