sábado, 29 de agosto de 2009

O Ibope de Lulla




Aposta de Montenegro: ‘Lula não fará seu sucessor’


Carlos Augusto Montenegro contou ao repórter Alexandre Oltramari, de Veja, o que enxerga nos búzios das sondagens eleitorais.

O mandachuva do Ibope acha que Lula não fará de Dilma Rousseff sua sucessora.

Para Montenegro, a reeleição de Lula, em 2006, “foi um plebiscito para decidir se deveria continuar governando mais quatro anos ou não”.

Em 2010, Montenegro aposta, “tudo indica que ele não fará o sucessor justamente por causa da mesmice na qual o PT mergulhou”.

A cena de 2010, por longínqua, está impregnada de imprevisíveis. E o imprevisto, como se sabe, não convive bem com a previsão infalível.

Assim, pode até acontecer de Montenegro acertar, na hipótese de que não erre. Dilma pode mesmo perder a eleição, desde que não ganhe.

De qualquer modo, vão abaixo algumas das antevisões do “Pai Montenegro”:

- O poder de sedução de Lula: “Uma coisa é ele participar diretamente de uma eleição. Outra, bem diferente, é tentar transferir popularidade a alguém. Sem o surgimento de novas lideranças no PT e com a derrocada de seus principais quadros, o presidente se empenhou em criar um candidato, que é a Dilma Rousseff. Mas isso ocorreu de maneira muito artificial. Ela nunca disputou uma eleição, não tem carisma, jogo de cintura nem simpatia. Aliás, carisma não se ensina. É intransferível. ‘Mãe do PAC’, convenhamos, não é sequer uma boa sacada. As pessoas não entendem o que isso significa. Era melhor ter chamado a Dilma de ‘filha do Lula’.

- As chances do poste: “Dilma, em qualquer situação, teria 1% dos votos. Com o apoio de Lula, seu índice sobe para esse patamar já demonstrado pelas pesquisas, entre 15% e 20%. Esse talvez seja o teto dela. A transferência de votos ocorre apenas no eleitorado mais humilde. Mas isso não vai decidir a eleição. Foi-se o tempo em que um líder muito popular elegia um poste. Isso acontecia quando não havia reeleição. Os eleitores achavam que quatro anos era pouco e queriam mais. Aí votavam em quem o governante bem avaliado indicava, esperando mais quatro anos de sucesso

- O favorito: “Faltando um ano para as eleições, o governador de São Paulo, José Serra, lidera as pesquisas. Ele tem cerca de 40% das intenções de voto. Em 1998, também faltando um ano para a eleição, o líder de então, Fernando Henrique Cardoso, ganhou. Em 2002, também um ano antes, Lula liderava – e venceu. O mesmo aconteceu em 2006. Isso, claro, não é uma regra, mas certamente uma tendência. Um candidato que foi deputado constituinte, senador, ministro duas vezes, prefeito da maior cidade do país e governador do maior colégio eleitoral é naturalmente favorito. Ele pode cair? Pode. Mas pode subir também.

- O fato novo: “A Marina [Silva] é a pessoa cuja história pessoal mais se assemelha à do Lula. É humilde, foi agricultora, trabalhou como empregada doméstica, tem carisma, história política e já enfrentou as urnas. Além disso, já estava preocupada com o meio ambiente muito antes de o tema entrar na agenda política. Ela dificilmente ganha a eleição, mas tem força para mudar o cenário político. Ser mulher, carismática e petista histórica é sem dúvida mais um golpe na candidatura de Dilma”.

- O peso da ética: “Uma pesquisa do Ibope constatou que 70% dos entrevistados admitem já ter cometido algum tipo de prática antiética e 75% deles afirmaram que cometeriam algum tipo de corrupção política caso tivessem oportunidade. Isso, obviamente, acaba criando um certo grau de tolerância com o que se faz de errado. Talvez esteja aí uma explicação para o fato de alguns políticos do PT e outros personagens muito conhecidos ainda não terem sido definitivamente sepultados”.

Palocci vence caseiro no Supremo



O caseiro Francenildo Costa, que assistiu no plenário à sessão do Supremo que livrou o ex-ministro Antonio Palocci de processo.

O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci Filho (PT-SP) não será julgado no caso da quebra ilegal de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.

O episódio resultou em sua saída do primeiro escalão do governo, em março de 2006.

Por 5 a 4, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) rejeitaram pedido do Ministério Público Federal de abertura de processo criminal contra Palocci, hoje deputado federal.

Political promisses

Carlos Heitor Cony

Caminhos e apelos da corrupção
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Sou a favor de maiores salários para todos que lidam com orçamento e verbas públicas
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À MARGEM dos últimos escândalos nacionais, deve-se fazer uma pergunta: pode o homem público enriquecer com os salários que recebe dos cofres da nação? Antes de mais nada, há que se estabelecer o conceito de riqueza.
Evidente que um cidadão que, desde os 25, 30 anos, exerce mandatos legislativos (vereador, deputado federal, estadual e senador) ou ocupa chefias de executivo (prefeitura, governo estadual ou Presidência da República), se não é perdulário, fatalmente atinge uma faixa confortável na classe média alta, podendo ter casa na cidade, casa no campo ou na praia, um ou dois carros etc.
Se receber herança, da própria família ou da família de sua mulher, pode transitar moralmente na categoria de rico ou milionário, ainda que tenha sido, também, homem público.
O diabo é que, nos escândalos que chegam à tona envolvendo autoridades e políticos de vários tamanhos, o que se verifica é uma desproporção entre o patrimônio inicial desses cidadãos e os patrimônios adquiridos, incluindo os decantados sinais exteriores de riqueza.
Tivemos o caso de um político que foi vereador, prefeito, deputado estadual, governador de Estado, exerceu todos esses cargos ininterruptamente, em tempo integral, sem condições de se dedicar, seriamente, a nenhum outro tipo de negócio.
O aumento de seu patrimônio foi astronômico. Em 30 anos de vida pública, ganhando apenas salários de suas funções específicas, saiu do patamar de pobre, muito pobre mesmo, para uma fortuna que na época foi calculada em torno de US$ 52 milhões. Não há corretor de imóveis, operador de Bolsa, agente de consórcio ou dono de jornal e rádio que tenha tido tal e tamanha sorte.
Outro caso não é menos grave. O cidadão tinha um patrimônio pessoal razoável, bem acima da classe média mais confortável. Pelo cálculo dos entendidos, o grupo de sua família (rádio, TV e jornal) devia andar por aí pela casa dos US$ 8 milhões. Em quatro anos de vida pública, triplicou sua fortuna.
Esta crônica não tem preocupação de acusar ninguém. Pelo contrário: sou a favor de maiores salários para os legisladores e governantes, todos aqueles que de alguma forma lidam com orçamento e verbas públicas. Em outra ponta da corda, durante muito tempo, reclamava-se da corrupção nos sistemas judiciário e policial: um delegado honesto em fim de carreira não tinha condições de comprar um Gol, de fazer uma estação de águas com a família em Lambari. No mesmo caso, estavam os agentes da justiça, oficiais, juízes, desembargadores, ministros.
Bem ou mal, a partir de uma nova definição do serviço público, muitas dessas categorias tiveram os vencimentos elevados dentro das possibilidades dos respectivos orçamentos. Bem verdade que nem por isso a eficiência melhorou, nem por isso o caminho para a corrupção foi fechado.
Sempre achei um absurdo o presidente da República ter um salário que qualquer executivo de qualquer média ou grande empresa do mercado recusaria sem maiores explicações. Evidente que há as vantagens do cargo, as mordomias que poderiam ser minimizadas desde que os salários nominais fossem compatíveis com a função.
Não lembro em que ano da década de 80 fui entrevistar um ministro na Dinamarca. Marcamos encontro numa confeitaria central; eu cheguei antes dele, como me competia. Sentei numa cadeira da calçada e esperei. Não conhecia o ministro pessoalmente. Vi um cidadão vestido formalmente chegar de bicicleta. Encostou-a no meio-fio da rua e dirigiu-se a mim e se apresentou. Era o ministro. Perguntei-lhe se não tinha carro, ele disse que tinha um skoda em casa, só o usava nos fins de semana. No ministério, tinha um carro oficial que, no momento, estava levando um assessor para uma cerimônia fora de Copenhague.
Na alternativa, fui cobrir uma cerimônia aqui no Rio na qual compareceria um governador, um prefeito, vários deputados federais e estaduais, vereadores. Foi um congestionamento monstruoso de carros oficiais e particulares. Nenhum deles chegou de bicicleta.
Não estou insinuando que a corrupção seja geral e irrestrita. Mas a hipocrisia dos vencimentos ridículos para funções do bem público é um apelo ao faturamento por fora.

Casa de Ferreiro...

ESPETO DE PAU

Muitos dos futuros doutores brasileiros -médicos, enfermeiros, dentistas- são fumantes e até acendem cigarro dentro das universidades. É o que mostra uma pesquisa global sobre o tema, que no Brasil será divulgada pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer) hoje: 20% dos estudantes fumam, e 11% das universitárias; destes, pelo menos 10% já fumou dentro da faculdade.

Bem que a gente podia copiar essa Lei, né não?

A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente de SP está fazendo uma blitz e intimando empresas como Coca-Cola, AmBev, Shell, Petrobras e Colgate a fazerem um balanço do que ocorre com as embalagens de seus produtos comercializados em São Paulo. É que começou a valer a lei que torna obrigatório, na cidade, que distribuidoras de bebidas, óleos combustíveis, lubrificantes, cosméticos e produtos de higiene e limpeza providenciem neste ano 50% de reuso, reciclagem ou compra de embalagens.

PRAZO

As empresas que não prestarem informações em sete dias estão sujeitas a multas de até R$ 250 mil. Outras companhias serão visitadas nas próximas semanas.

Alô Sanches, meu vereador!

A guerra continua

Custo de Olimpíada na TV sobe oito vezes em oito anos

O COI (Comitê Olímpico Internacional) vai faturar US$ 170 milhões com a venda dos direitos televisivos para o Brasil da Olimpíada de 2016, cuja sede só será escolhida em outubro (o Rio está na disputa), calculam as emissoras de TV.

Trata-se de um valor oito vezes e meia maior do que o que Globo, Band e canais pagos desembolsaram pelos Jogos de Pequim (US$ 20 milhões) e quase três vezes o que a Record pagou por Londres-12 (US$ 60 milhões por todas as mídias).

A concorrência pelos direitos dos Jogos de 2016 terminou anteontem. Os recentes ataques entre Globo e Record aumentaram a tensão. Nenhuma TV admitia ficar sem os direitos.

Na primeira rodada, a Record teria feito a melhor proposta (US$ 100 milhões por todos os direitos). Mas Globo e Band fizeram oferta conjunta diferente: direitos exclusivos para TV paga, internet e celular e não exclusivos para TV aberta.

O COI percebeu nisso a chance de faturar mais e abriu uma segunda rodada, alegando que a diferença entre lances era pequena. A Record aumentou para US$ 120 mi. Globo/Band também subiram. Venceram.

A Folha apurou que as duas redes vão pagar US$ 75 milhões pelos direitos de TV aberta (dos quais a Band arcará com US$ 20 milhões). Estima-se no mercado que desembolsarão mais US$ 65 milhões pelos direitos das demais mídias.

A Record, para não ficar de fora e não prejudicar a venda de patrocínio de Londres-12, teve de aceitar o compartilhamento de direitos. Segundo executivos da Globo, vai pagar US$ 50 milhões. Fontes da Record dizem que pagarão bem menos: US$ 30 milhões.

JN REPAGINADO

"JN" VERMELHO
O novo cenário que o "Jornal Nacional" estreia segunda, comemorando 40 anos, manterá o azul como cor predominante, mas terá luzes vermelhas, para "esquentar". Continuará sendo apresentado em mezanino, com redação ao fundo.

"JN" ERGOMÉTRICO
A nova bancada foi desenhada para ser a mais confortável possível para William Bonner e Fátima Bernardes. Medidas dos apresentadores foram tiradas antes de sua confecção.

Do Zé Simão, da Folha

E tá tendo o Festival do Bigode no Brasil: Sarney, Mercadante e Belchior! Mas o site Comentando mostra as diferenças das atitudes bigodescas: o Sarney diz que não ia sair e não saiu. O Mercadante diz que ia sair e não saiu. E o Belchior não disse nada e SAIU!

Do site Comentando

E tá tendo o Festival do Bigode no Brasil: Sarney, Mercadante e Belchior!

Mas o site Comentando mostra as diferenças das atitudes bigodescas: o Sarney diz que não ia sair e não saiu. O Mercadante diz que ia sair e não saiu. E o Belchior não disse nada e SAIU!

Do Kibeloco

NOTÍCIAS QUE VÃO MUDAR O MUNDO (PARTE 430)

Belchior está desaparecido há dois anos

O cantor Belchior está desaparecido há dois anos. A família afirma que não tem contato com ele desde 2007. As únicas pistas são os automóveis do artista. Um está abandonado há meses no estacionamento do Aeroporto de Congonhas e o outro econtra-se na garagem de um hotel em que ele residia.

Um fã do cantor contou no programa “Fantástico”, da Rede Globo, que algumas pessoas afirmam que ele está na Holanda. Os ex-produtores de Belchior também afirmam que nunca mais tiveram contato com o cantor.

***

Responda depressa: qual o melhor comentário sobre a notícia acima?

a) Desculpe estragar o sensacionalismo alheio, mas o Belchior está desaparecido desde 1976, né?

b) Esse caso do Belchior é só a ponta de um iceberg. Gilliard, Naim, Byafra, Sylvinho Blau-Blau e Cid Guerreiro também estão desaparecidos.

c) Na boa? Sumir com o Belchior é mole. Eu quero é saber quem é o responsável pelo desaparecimento da Fat Family!

Barbara Gancia, na Folha

Uma Heloísa Helena de verdade

A semana avançou e Dilma foi ficando pelo meio do caminho. Seu prestígio, que já tinha levado um belo tombo, tomou o rumo da porta dos fundos quando os senadores governistas resolveram aceitar a versão “light” dos fatos, de que a ex-chefona da Receita, Lina Vieira, estivera, sim, com a ministra, mas que ela não havia pedido privilégios especiais à família Sarney. E acabou indo para o espaço sideral quando o presidente Lula brecou a divulgação de nota preparada pela ministra-chefe da Casa Civil, em que ela daria sua versão sobre o affair envolvendo Lina Vieira.

Não é só o fato de que Dilma agora ficou marcada como mentirosa, de que não tenha jogo de cintura ou nem mesmo carisma. Não. O que ela não parece ter é paixão, é vontade do fundo do âmago do ser íntimo de ser candidata. A impressão que dá é que ela está lá apenas desempenhando o seu papel de forma burocrática porque o presidente pediu, porque o PT não tem outra opção.

Mas veja como o mundo é redondo. Justo quando Dilma é pega numa mentira grave (aliás, duas, se contarmos a lorota do diploma), exatamente na semana em que o abscesso do PT é lancetado no julgamento de um aliado tão improvável quanto José Sarney, jorrando o pus do clientelismo para todo lado e deixando claro que o processo infeccioso chegou a níveis insuportáveis -o senador Arns que o diga-, surge a figura beatificada de Marina Silva para resgatar uma utopia que já foi monopólio do partido.

O ex-ministro dos Transportes, Mário Andreazza, costumava dizer que nunca se deve trabalhar com idealistas porque com eles não há acordo possível. Faz sentido que ele dissesse isso, não? Pois o PT se deteriorou por conta de suas próprias contradições, e das cinzas surgiu essa figura impoluta, sem posses, sem um escândalo que lhe marque a trajetória, sem fome de poder, com vontade apenas de expor seus ideais, professora e humanista que não cede ao populismo.

Com sua cara de brasileirinha barrada no baile, do ponto de vista pedagógico Marina Silva representa a bandeira que o mundo quer ver o Brasil hastear. Alfabetizada no Mobral, contaminada por metais pesados, vítima das doenças da floresta, alguém que percorreu uma estrada muito similar à de Lula, só que sem a mácula do sindicalismo, o que ela pensa sobre sustentabilidade e o ambiente faz todo o sentido em um país que possui 60% do que resta de hectares “plantáveis” no mundo.

Que se dane se santa Marina não tem um nome para o Banco Central, ideias claras (ou qualquer ideia) sobre a economia e que seja adepta do criacionismo, que nega as teorias de Darwin, não é mesmo? E, para os eleitores que andam aderindo a essa maldição da pregação purista, que está dando à lei antifumo de Serra perto de 80% de aprovação, ou para o cara-pintada dormente que não faz parte da vendida UNE e que está cheio de ficar gritando “Fora, Sarney” na internet para ninguém ouvir, Marina Silva é uma Heloísa Helena de verdade, um Cacareco não avacalhado, o voto de protesto que dignifica.

Definitivamente, não foi a melhor semana da vida da ministra Dilma ou do PT.

Do blog do Fernando Rodrigues



Ato secreto? Que nada. Sarney e Belchior estiveram juntos em fevereiro deste ano

A foto foi tirada na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Aparecem Belchior com Sarney e Cláudio Lamachia (OAB-RS) durante a instalação da Coordenação de Direito Eleitoral no Conselho Federal da OAB em 09 de fevereiro de 2009. Ao fundo e à esq., Michel Temer.



Depois disso, explodiu todo o escândalo de atos secretos no Congresso. E Belchior anda sumido.

BELCHIOR

É fácil acha-lo. Afinal, ele tem medo de avião e é apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no bolso.


BARBARA GANCIA

Você viu o Belchior por aí?

Na fantasia de quem ficou, o cantor Belchior deve estar em algum lugar encantador banhando os bigodes ao sol.


O CANTOR Belchior é o novo herói de todo mundo e seu vizinho. De um dia para o outro, abandonou o carro no estacionamento do aeroporto e deu uma banana para a galera, safou-se, sumiu sem deixar nenhum vestígio. Quando você lembra da reunião sem horário para terminar, olha para as contas que terá de pagar entre os dias 30 e 10 ou pensa que hoje vai ter de usar aquela lábia de vendedor de carro usado para fugir do sexo sem encantos com o parceiro, não dá vontade de picar a mula também?

Belchior fez o que todos gostariam de fazer e, na fantasia de quem ficou, deve estar em algum lugar encantador banhando os bigodes ao sol e cantando lindamente para as nativas com aquele vozeirão dele. Ficamos sabendo que Antonio Carlos Gomes Belchior abandonou a vida que levava por conta de uma reportagem (muito boa, diga-se) publicada no dia 11 de agosto na "Palma Louca", uma revista literária da internet.

Segundo a revista, os amigos, parentes, fãs, ex-sócio, gravadora, ninguém, nem mesmo o Google, saberiam o paradeiro do cantor que integra a lista afetiva dos maiores compositores do Brasil, autor do maior sucesso na voz de Elis Regina, "Como Nossos Pais", e de hits dos anos 70, como "Apenas um Rapaz Latino-Americano", "Velha Roupa Colorida" e "A Palo Seco".

O sumiço virou assunto entre internautas, foi parar no Twitter e de lá, sem escalas e sem medo de avião, aterrissou no "Fantástico" do último domingo. Para a mesa do bar e o balcão da padaria, foi um pulo. O autoexilado Belchior, que segundo o melhor site humorístico do país, Kibeloco, "já estava sumido desde 1976", virou o prato do dia.

No Recife, o jornal popular "Aqui PE" lançou campanha oferecendo um engradado de cerveja e encheu sua primeira página com a manchete: "A gente paga uma cerveja pra quem achar o Belchior".

Em São Paulo, a imprensa passou a infernizar o filho do cantor, Mikael, que trabalha em um banco, e a ex-mulher, Angela. Amedrontada com o assédio, a ex de Belchior se escondeu em casa e recusa-se a falar. Nem mesmo a filha do cantor, Camila, que mora na Inglaterra, foi completamente poupada do "hype". Na terça-feira, o "The Guardian" publicou uma reportagem perguntando "Onde está Belchior?" e oferecendo pistas de seu paradeiro. Com alguma ironia, o correspondente do jornal no Rio deduz que o cantor tenha se retirado para traduzir a "Divina Comédia" ou -por que não?- fugido com uma mulher para uma cidade não identificada do Uruguai.

Aos poucos, porém, a verdade começa a dar as caras. Longe de ser uma estratégia de marketing para reerguer a carreira ou o exílio voluntário de um senhor latino-americano com dinheiro no bolso, tudo indica que o desaparecimento de Belchior está ligado a uma disputa familiar e a problemas financeiros. A ideia de jogar tudo para o alto é poética. E, de fato, a brincadeira de procurar o Wally bigodudo tem sido muito divertida para nós, o público. Mas, pensando bem e por via das dúvidas, em vez de Belchior, acho que eu preferiria estar no lugar do Hosmany Ramos.

Fim da banda Oasis




Noel Gallagher escreveu no site-oficial do Oasis que ele está fora da banda: “É com alguma tristeza e grande alívio que venho contar pra vocês que eu saí do Oasis hoje à noite”.

“Pessoas podem escrever o que elas quiserem”, disse Noel. “Mas eu simplesmente não consigo mais trabalhar com o Liam um dia mais sequer”.

Então, salve as grandes canções que a banda fez, especialmente no começo da carreira. Algumas das melodias mais belas do rock dos últimos tempos foram produzidas por eles.

Mas quer saber? Não creio no fim definitivo da banda. Eles só estão um pouco de saco cheio uns dos outros. Já já eles promovem um revival com estardalhaço pela mídia.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

PROMOÇÃO SONY TE LEVA AO JAPÃO

Uma viagem ao Japão de 15 dias, passagem e hotel pago com direito a acompanhante, mais 2500 dólares para gastar a vontade.

E ainda:

Uma TV LCD Full HD de 69 “(já com o decodificador digital incorporado)

Vale a pena tentar!

Para ganhar a viagem é 'simples':

Basta acertar as seguintes perguntas a respeito da foto abaixo:

1) quem está com sono
2) quantas mulheres no grupo
3) quem acordou agora
4) quais são os gêmeos
5) quem está com raiva
6) quem está alegre

Deus existe!


clique na foto para ve-la em tamanho GIGANTE

Ferreira Gullar

Morrer não dói

Cedo ou tarde, tanto os mais velhos quanto os mais jovens irão todos dormir para sempre .


TODO MUNDO respirou aliviado com a notícia de que Felipe Massa, ao contrário do que se temia, estava fora de perigo e, sobretudo, sem sequelas. Mal acreditei quando o vi na televisão, com o olho esquerdo ainda arroxeado, falando sobre o acidente. Bem, estou dizendo o óbvio. Não obstante, ao ouvir suas declarações, um detalhe me chamou a atenção, quando afirmou que não se lembrava de ter sido atingido por algo nem de nada do acidente. Ou seja, o baque que sofrera na cabeça, ao sofrer o impacto de uma mola, de quase um quilo de peso, voando a mais de 200 quilômetros por hora, não aconteceu. Para ele, Felipe Massa, não aconteceu.

Muito bem. Então, vamos agora admitir, por mera hipótese (bata na mesa), que ele tivesse morrido, que o capacete não fosse tão resistente e, mesmo, que a tal mola tivesse vindo alguns centímetros abaixo etc. etc. etc... Imaginou o que teria acontecido naquele domingo?

A expectativa que se criou logo após o acidente e que já foi suficiente para deixar todo mundo assustado, teria tido outro desfecho, como no caso de Ayrton Senna.

Assim que, na ambulância, os médicos constatassem o estrago que o impacto teria provocado na cabeça dele, imediatamente, pela reserva mesma que certamente adotariam, a apreensão ganharia peso e sem muita demora a notícia terrível se espalharia pelo mundo. Felizmente, não aconteceu, mas, se tivesse acontecido, em que pese o impacto brutal da notícia, ele, Felipe, como se sabe agora, não teria sabido de nada. Ou seja, ele teria vivido apenas até uma fração de segundo antes de apagar-se para sempre, de deixar de existir.

Espero que o leitor não fique chocado com o tipo de especulação que estou fazendo aqui. De qualquer modo, é impossível ignorar este fato: Felipe Massa não soube de nada que lhe aconteceu, mesmo tendo sofrido uma pancada de incalculável violência que poderia tê-lo matado.

Milhões de pessoas no mundo todo teriam sentido a sua morte, que tomaria conta do noticiário em todos os veículos de comunicação, mas, ele, o personagem central do drama, saíra de cena antes, uma fração de segundo antes.

É isso aí, a gente não morre a nossa morte; morre a dos outros.

No que se refere a nós, os que continuaram vivos, a morte do jovem piloto nos teria atingido de maneira brutal. Enquanto isso, lá na Hungria restaria apenas um corpo morto dentro de um macacão de piloto da Fórmula 1. Para ele, Felipe, nada tinha acontecido, nem o acidente nem nada antes. É que, ao morrer, ao apagar-se o que somos -a consciência de existir- apaga-se o presente, o passado, tudo. Quem morre é como se nunca houvesse existido, a não ser para os outros.

Desculpem se insisto nesta conversa aparentemente macabra. Mas lembrem do que aconteceu com os passageiros daquele avião da Continental Airlines, que se dirigia para Houston e, na altura das Antilhas, entrou numa zona de turbulência. Os sacolejos violentos jogaram gente para cima, para os lados, houve quem desse com a cabeça no teto do avião, outros quebraram o nariz, o braço, soltaram gritos aterradores. Mas não morreu ninguém. Uma passageira, falando mais tarde aos jornalistas, mal continha o pânico que ainda a tomava. "Foi um desespero, estava certa de que ia morrer!"

Veja bem: enquanto Felipe Massa, atingido na cabeça por um objeto que, por um triz, o teria matado, de nada se lembra, essa senhora, que não sofreu um arranhão durante a turbulência, fala dela como de um momento aterrador. Espera jamais passar por experiência semelhante. Tendo a concluir que morrer não dói: o que dói é o medo de morrer, pois isso ainda é vida. Claro, só sofre quem vive, consciente, e daí concluímos que a morte é problema dos vivos. E o morto também. O que fazer com ele?

Isso é ocupação dos que ficam, não dele, agora livre de tudo.

Na verdade, o pior da morte, como vimos, é temê-la. Por isso mesmo, desisti de andar de avião. Melhor é não pensar nela e, quando pensar, aceitá-la. Ruim mesmo é a doença que põe o sujeito cara a cara com ela por muito tempo.

Já se, por exemplo, o cidadão adormece e não acorda mais, ótimo. Isso, levando-se em conta que, cedo ou tarde, tanto os mais velhos quanto os mais jovens, irão todos dormir para sempre. Não há exceção, nem mesmo para os políticos, habituados a privilégios: terão de deixar a cena também, o que é certamente auspicioso para o futuro do país.

...

A candidatura de Marina Silva à Presidência da República, se confirmada, como espero que seja, pode assinalar o início da grande mudança, a que a nação brasileira aspira.

Encontro ao pôr-do-sol


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Rubem Alves

O panelaço

"Esta é a hora: 7 de setembro, às 17 horas! Vamos promover um panelaço! Estenda na janela um pano qualquer! Bata panelas!


BACHELARD observou que "a lembrança pura não tem data. Tem uma estação. É a estação que constitui a marca fundamental das lembranças. Que sol ou que vento fazia nesse dia memorável?". Compreendi as palavras de Bachelard ao me lembrar daquele dia memorável, que não pode ser esquecido.

Era fim de tarde, quando a luz do dia que se vai se mistura com o escuro da noite que chega, e tudo fica indefinido. A indefinição ficava mais indefinida ainda pela chuva fina que começava a cair. Foi então que aconteceu: um barulho surdo, metálico, sem melodia e sem ritmo começou a subir das ruas, dos apartamentos, dos escritórios, barulho que não combinava com o momento...

Fiquei assustado porque não tinha na minha memória registro de qualquer barulho urbano que se assemelhasse àquele que enchia a tarde-noite de São Paulo. Eu estava no quinto andar. Tomei o elevador para o térreo. Queria saber o que estava acontecendo. Quando, no térreo, saí à rua, os rostos sorridentes dos motoristas de táxi me fizeram lembrar. Os motoristas cansados, ao fim do dia, usam as buzinas para exprimir sua irritação. E eles estavam buzinando sem parar, mas sem que houvesse nenhuma razão de tráfego para tal.

Suas buzinas não eram irritadas. Buzinavam e sorriam. Parecia que estavam felizes. Aí me lembrei e entendi. Olhei para cima e vi de onde vinha o barulho metálico: as janelas e varandas dos apartamentos estavam cheias de pessoas que batiam panelas com colheres. O barulho era ensurdecedor e lindo, musicalmente... Aquele barulho era o canto de um povo.

A chuva caía um pouco mais forte, mas as pessoas que andavam pelas ruas não demonstravam contrariedade. Elas sorriam com a água a lhes escorrer pelo rosto. Era o panelaço: uma cidade sem armas que buzinava e batia tampas e panelas para derrotar um Exército armado, à semelhança do ocorrido na cidade de Jericó, cujas muralhas caíram pelo som das trombetas.

Chorei e me disse: "É muito bonito! Uma estória para ser contada e repetida! As crianças precisam saber...". E foi ali que se formou na minha imaginação a estória que escrevi, "O Flautista Mágico". No artigo "Os Pássaros", dirigido às crianças, publicado no último dia 21, nesta sessão, sugeri que, olhando para os nossos sólidos representantes no Congresso, um escorando o outro, fica claro que a maioria deles não está disposta a trocar seu menu de costeletas, lombos e linguiças por uma modesta dieta vegetariana de alface e cenoura...

Numa alusão ao filme do Hitchcock, disse que era preciso chamar os pássaros... Eles só sairão do castelo de impunidade onde se encontram se os pássaros os obrigarem.

Pássaros fomos nós, naquela tarde do panelaço contra a ditadura. Pássaros poderemos ser nós, agora... Recebi agora, via internet, a convocação dos pássaros, um manifesto do qual vou citar alguns trechos.

"Esta é a hora: 7 de setembro às 17 horas! (...) No dia 7 de setembro às 17 horas vamos paralisar o Brasil. Às 17 horas vamos promover um panelaço! Exija que as redes de televisão, rádios, jornais, revistas e o político de sua confiança divulguem esse movimento. Mobilize sua escola, seu sindicato, sua igreja, seus amigos. No dia 7 de setembro, às 17 horas, estenda na janela uma bandeira, uma toalha, um pano qualquer!

Bata panelas! Toque cornetas! Se você estiver no carro, buzine! Vamos fazer a nação tremer por um minuto!" As hienas e os gambás fugirão dos pássaros! Eu vou buzinar, vou tocar sino, vou bater tampa e panela, estender bandeira, tocar a Nona

Woodstock

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Woodstock, Agosto de 69. Há 40 anos dos três dias de paz, amor e música.

Danuza Leão

Quem tem medo da doutora Dilma?

Ela personifica, para mim, aquele pai autoritário de quem os filhos morrem de medo, aquela diretora.

VOU CONFESSAR: morro de medo de Dilma Rousseff. Não tenho muitos medos na vida, além dos clássicos: de barata, rato, cobra. Desses bichos tenho mais medo do que de um leão, um tigre ou um urso, mas de gente não costumo ter medo. Tomara que nunca me aconteça, mas se um dia for assaltada, acho que vai dar para levar um lero com os assaltantes (espero); não me apavora andar de noite sozinha na rua, não tenho medo algum das chamadas "autoridades", só um pouquinho da polícia, mas não muito.

Mas de Dilma não tenho medo; tenho pavor. Antes de ser candidata, nunca se viu a ministra dar um só sorriso, em nenhuma circunstância.Depois que começou a correr o Brasil com o presidente, apesar do seu grave problema de saúde, Dilma não para de rir, como se a vida tivesse se tornado um paraíso. Mas essa simpatia tardia não convenceu. Ela é dura mesmo.

Dilma personifica, para mim, aquele pai autoritário de quem os filhos morrem de medo, aquela diretora de escola que, quando se era chamada em seu gabinete, se ia quase fazendo pipi nas calças, de tanto medo. Não existe em Dilma um só traço de meiguice, doçura, ternura.

Ela tem filhos, deve ter gasto todo o seu estoque com eles, e não sobrou nem um pingo para o resto da humanidade. Não estou dizendo que ela seja uma pessoa má, pois não a conheço; mas quando ela levanta a sobrancelha, aponta o dedo e fala, com aquela voz de general da ditadura no quartel, é assustador.

E acho muito corajosa a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira, que está enfrentando a ministra afirmando que as duas tiveram o famoso encontro. Uma diz que sim, a outra diz que não, e não vamos esperar que os atuais funcionários do Palácio do Planalto contrariem o que seus superiores disserem que eles devem dizer. Sempre poderá surgir do nada um motorista ou um caseiro, mas não queria estar na pele da suave Lina Vieira. A voz, o olhar e o dedo de Dilma, e a segurança com que ela vocifera suas verdades, são quase tão apavorantes quanto a voz e o olhar de Collor, quando ele é possuído.

Quando se está dizendo a verdade, ministra, não é preciso gritar; nem gritar nem apontar o dedo para ninguém. Isso só faz quem não está com a razão, é elementar.

Lembro de quando Regina Duarte foi para a televisão dizer que tinha medo de Lula; Regina foi criticada, sofreu com o PT encarnando em cima dela -e quando o PT resolve encarnar, sai de baixo. Não lembro exatamente de que Regina disse que tinha medo -nem se explicitou-, mas de uma maneira geral era medo de um possível governo Lula. Demorei um pouco para entender o quanto Regina tinha razão. Hoje estamos numa situação pior, e da qual vai ser difícil sair, pois o PT ocupou toda a máquina, como as tropas de um país que invade outro. Com Dilma seria igual ou pior, mas Deus é grande.

Minha única esperança, atualmente, é a entrada de Marina Silva na disputa eleitoral, para bagunçar a candidatura dos petistas. Eles não falaram em 20 anos? Então ainda faltam 13, ninguém merece.

Seja bem-vinda, Marina. Tem muito petista arrependido para votar em você e impedir que a mestra em doutorado, Dilma Rousseff, passe para o segundo turno.

Criança tem mais consciência que adulto


Lulla vai usar Ciro para levar disputa ao 2º turno em 2010

CATIA SEABRA e PEDRO DIAS LEITEDA
REPORTAGEM LOCAL DA FOLHA

Os petistas negam. Mas o comando do PSDB aposta que, mantido o principal cenário da última pesquisa Datafolha, o governo federal apoiará a candidatura do ex-ministro Ciro Gomes (PSB-CE) para impedir que a disputa presidencial seja encerrada no primeiro turno.

A mais recente pesquisa Datafolha mostra que a permanência de Ciro na disputa levaria a eleição para o segundo turno: José Serra (PSDB) tem 37%, Dilma Rousseff (PT) aparece com 16%, empatada com Ciro, com 15%, e Heloísa Helena (PSOL) vem em seguida com 12%. Sem Ciro, Dilma sobe para 19%, mas Serra vai a 44%, o que o aproxima de vitória no primeiro turno no ano que vem.

Embora aliados do governador Serra duvidem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva venha a apoiar um candidato com perfil mais crítico ao governo, o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), disse acreditar no lançamento de Ciro para deter a vitória dos tucanos no primeiro turno."A situação se complica para Dilma. Ela não está convencendo. O Ciro já não fica em São Paulo e pode se lançar no cenário nacional", afirma Guerra.Já o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, reafirma a disposição do partido de investir no confronto de dois projetos: "o do presidente Lula (e aliados) ao do PSDB-DEM-FHC e Serra"."Apesar dos riscos, temos a avaliação de que o melhor para nós é fazer um embate de projetos", reitera Berzoini.

O presidente do PT de São Paulo, Edinho Silva, chega a afirmar que o PSDB estimula o lançamento de candidaturas alternativas para impedir a polarização Lula versus PSDB já no primeiro turno. "O melhor quadro para nós é o plebiscitário. E o PSDB vai fazer tudo para que isso não aconteça."Para aliados de Serra, o PT preferiria perder a admitir a possibilidade de Ciro superar Dilma nas eleições do ano que vem. Para esses tucanos, não é remota a chance de Serra vencer num primeiro turno sem Ciro Gomes.

A alternativa para Ciro é disputar o governo de São Paulo, projeto acalentado por Lula, com dois objetivos: manter a disputa "plebiscitária" no plano nacional e, ao mesmo tempo, dar um palanque forte a Dilma no principal centro tucano.

Só que o próprio Serra tem dito, em conversas, que acredita na candidatura de Ciro à Presidência. Ontem, governador comemorou o resultado. A aliados, disse que se sentia "jovem". Em entrevistas, admitiu: "É lógico que é muito bom estar bem colocado na pesquisa e ter uma boa avaliação da população de São Paulo".

Mas, apesar da comemoração, o tucanato identificou dois pontos fracos na pesquisa. Além de uma queda de desempenho no Sul, como produto da crise enfrentada pela governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, a constatação de que a candidatura de Marina Silva (PT), que deve se filiar ao PV, prejudica o PSDB no Rio.

sábado, 15 de agosto de 2009

Milene Domingues ex-senhora Ronaldo

Como alguém em sã consciência deixa uma mulher dessas por um traveco, hein?!?

Cleo filosofa


Cléo Pires no Glamurama explicando a tatuagem no braço:
"é um ditado africano que diz: só enriquece quem dá".
Disso não tenho a menor dúvida. Desde que o mundo é mundo!

Cubinho engordiet


Mar de lama

Sabe o que o Cesar Cielo foi fazer em Brasília?

Ensinar Lulla a nadar num mar de lamas.

O que será que essa moça viu aí?



Homem Cueca de volta a PAN

CEM REAIS E O BUSÃO

Depois de oito anos na Mix FM, o humorista Felipe Xavier voltará à rádio Jovem Pan. O seu quadro "Chuchu Beleza", onde ele lançou personagens como o anti-herói Homem Cueca e o doutor Pimpolho, deve estrear na nova casa no mês de setembro.

Perigo: não vire a foto


Leitura de conjuntura por Eliane Cantanhêde da Folha

Marina, o Cristovam de amanhã

BRASÍLIA - Em meio ao rame-rame da polarização Dilma-Serra e de tudo acontecendo e nada acontecendo na crise Sarney, a possível candidatura de Marina Silva à Presidência é uma lufada de novidade e animação. Mas vamos com calma.

Se Marina for mesmo para o PV, se decidir mesmo virar candidata, se for mesmo capaz de reativar o "animus concorrendis" de Ciro Gomes, se conseguir mesmo levantar a paixão do eleitorado de norte a sul... ela pode mudar tudo. Mas são ressalvas demais, incompatíveis com o barulho.

Por ora, a opção Marina só acende a luz amarela no campo governista e explode rojões no oposicionista, porque questiona o que parecia inquestionável: que a popularidade de Lula é igual a Dilma imbatível. Bastou um sopro para balançar essa fantasia. E, assim, o que o nome de Marina traz são racionalidade ao debate e dados de reflexão:

1) O tema emergente no cenário internacional, a sustentabilidade, pode finalmente chegar à campanha e à pauta no Brasil.

2) Marina saiu do governo por bater de frente com Dilma (ambiente versus obras) e tira votos dela, do PT e do governo no eleitorado.

3) Pode tirar também no PT, que se ressente da mão pesada e do excesso de pragmatismo de Lula, da ação política na contramão da sua história (ou discurso). Quantos petistas, no Congresso e na militância, não se sentem como Marina?

4) A possibilidade de novas candidaturas cresce, arejando a campanha e amenizando a perspectiva de luta livre.

Mas a polarização Dilma-Serra continua.

Com Marina, o que se discute é como (não com quem) será o segundo turno. Marina, do Acre, do PV, com a bandeira ambiental, tem tudo para repetir Cristovam Buarque, do DF, do PDT, com a bandeira da educação. Bonito, mas não para ganhar. É influir na rearrumação de forças, chegar com menos de 10% e garantir o segundo turno. Pouco? Não. Mas também não é tudo isso que andam dizendo por aí.

Sofá de sogra

clique na foto para almplia-la

BB passa Itaú e é maior banco do país

O Banco do Brasil ultrapassou o Itaú Unibanco e retomou o posto de maior banco em ativos do país. O banco perdera a posição em novembro, na fusão de Itaú e Unibanco. Pelo balanço do BB, a instituição lucrou R$ 2,3 bilhões no segundo trimestre e chegou a R$ 598,8 bilhões em ativos. O BB também subirá da 10ª para a 7ª colocação entre os maiores bancos de capital aberto da América Latina e dos Estados Unidos.

he he he he


Monica Bergamo na FSP

LÁGRIMAS
De acordo com um dos presentes ao jantar de Lula com o PSB, o presidente "até chorou" ao comentar a lealdade de Ciro Gomes (PSB-CE) ao governo -que seria, em muitos momentos, até maior que a do PT.
NOVO LAR
Pelo roteiro combinado com Ciro, ele se muda para São Paulo em setembro, transferindo para cá seu título de eleitor e esperando para a decisão final pelo plano A -ser candidato à Presidência da República -ou pelo plano B -disputar o governo de São Paulo.

Ciro já tem abrigo na cidade, o apartamento de sua mulher, Patrícia Pillar, e de seus filhos.

Tá nervoso?


Dr. Draúzio Varela

Beco sem saída


Na política, chegamos a níveis de imoralidade assumida incompatível com princípios éticos
NOS QUASE dez anos desta coluna, leitor, nunca escrevi sobre política. Adotei essa conduta por reconhecer que há profissionais mais preparados para fazê-lo e por considerar que médicos envolvidos em educação na área de saúde pública devem ficar distantes das paixões partidárias.

No entanto, os últimos acontecimentos de Brasília foram tão desconcertantes e chocaram a nação de tal forma, que ignorá-los seria omissão. No trato da administração pública, chegamos a níveis de desfaçatez e de imoralidade assumida incompatíveis com os princípios éticos mais elementares.

Para os que ganham a vida com o suor do próprio rosto, é revoltante tomar consciência de que parte dos impostos recolhidos ao comprar um quilo de feijão é esbanjada, malversada ou simplesmente desapropriada pela corja de aproveitadores instalada há décadas na cúpula da hierarquia do poder.

Mais chocante, ainda, é a certeza de que os crimes cometidos por eles e seus asseclas ficarão impunes, por mais graves que sejam. Do brasileiro iletrado ao mais culto, todos nós temos consciência de que o rigor de nossas leis pune apenas os mais fracos. É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico parar na cadeia, diz o povo, com toda razão.

Uma noite, na antiga Casa de Detenção de São Paulo, ao fazer a distribuição de um gibi educativo sobre Aids, perguntei, à porta de um xadrez trancado, quantos estavam ali. Um rapaz de gorrinho de lã, curvado junto à pequena abertura da porta, respondeu que eram 17. Diante de minha surpresa por caberem tantos em espaço tão exíguo, começou a reclamar das condições em que viviam. Às tantas, apontou para a TV casualmente ligada no horário político, no fundo da cela, no qual discursava um candidato:-Olha aí, senhor, dizem que esse homem levou 450 milhões de dólares. Se somar o que todos nós roubamos a vida inteira, os 7.000 presos da cadeia, não chega a 10% disso.

Essa realidade, que privilegia a impostura e perdoa antecipadamente os deslizes cometidos pelos que deveriam dar exemplo de patriotismo e de respeito às instituições, serve de pretexto para comportamentos predatórios (se eles se locupletam, por que não eu?), gera descrédito na democracia e, muito mais grave, a impressão distorcida de que todo político é mentiroso e ladrão.

Considerar que a classe inteira é formada por pessoas desonestas tem duas consequências trágicas: votar nos que "roubam, mas fazem" e afastar da política cidadãos que poderiam contribuir para o bem-estar da sociedade.

De que adianta documentar os crimes se os criminosos ficarão impunes e retornarão nas próximas eleições ungidos pela soberania do voto popular?

Como renovar a classe política num país em que quase dois terços da população não têm acesso à informação escrita, em que empresários financiam campanhas de indivíduos inescrupulosos, comprometidos apenas com os interesses de quem lhes deu dinheiro, e no qual as mulheres e os homens de bem se negam a disputar cargos eletivos, porque não querem ser confundidos com gente que não presta?

É evidente que os políticos brasileiros não são os únicos responsáveis pelo estado a que as coisas chegaram. Antes de tudo, porque muitos são honestos e bem-intencionados; depois, porque o clientelismo que os cerca é uma praga que nos aflige desde os tempos coloniais. Os que se aproximam dos políticos para pedir empregos públicos, nomeações para cargos estratégicos, favores em negócios com o governo ou para oferecer-lhes suborno, por acaso são mais dignos?

Esse é o beco sem saída em que nos encontramos: os partidos aceitam a candidatura de indivíduos desclassificados, os empresários financiam-lhes a campanha (muitas vezes com os assim chamados recursos não declaráveis), o eleitor vota neles porque "não faz diferença, já que todos são ladrões" ou porque podem conceder-lhe alguma vantagem pessoal, a Justiça não consegue nem sequer afastar do serviço público os que são flagrados com as mãos no cofre e, para completar a equação, as pessoas de bem querem distância da política.

A esperança está na prática da democracia. Se a Justiça não pune os que se apropriam dos bens públicos, a liberdade de imprensa é a arma que nos resta, a única que ainda os assusta.

Homem Aranha em ação


"Sweet Child o´ Mine" do Guns n´ Roses tem melhor riff de guitarra

Segundo a Wikipedia, Riff é a progressão de acordes, intervalos ou notas musicais, que são repetidas no contexto de uma música, formando a base ou acompanhamento. Neste quesito a canção do Guns and Roses impôs-se a "Layla" de Eric Clapton, "Walk this way" do Aerosmith e "Beat it" de Michael Jackson.
A canção de 1987, criada por Axl Rose, Izzy Stradlin e Slash, foi eleita como a canção com o melhor riff de guitarra de todos os tempos, segundo uma enquete publicada no diário inglês The Sun, e pelo qual foram consultados 5 mil britânicos.

Fla de gorrinho


Do Zé Simão, na Folha

E olha a revolta das pessoas: "Congresso Nacional, se gradear vira zoológico, se murar vira presídio, se cobrir com lona vira circo, se botar lanterna vermelha vira puteiro e se der a descarga não sobra ninguém".

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Reinaldo Azevedo

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

Leia na íntegra o discurso de José Sarney

Uma defesa

O SR. JOSÉ SARNEY (PMDB - AP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Srªs e Srs. Senadores, Srª Presidente, até hoje não usei esta tribuna, para rebater as inverdades contra mim disseminadas aqui mesmo e na mídia nacional.

Vim hoje, para expor tudo que fizemos e estamos fazendo pelo Senado, seguindo a linha das minhas administrações anteriores e com a colaboração da Mesa, especialmente do seu executivo, o 1º Secretário Heráclito Fortes.

Avaliei que as críticas que me fizeram eram só rescaldos da eleição, mas eram mais profundas, faziam parte de um projeto político e de uma campanha para desestabilizar.

Disse, quando assumi a Presidência desta Casa, que tenho as minhas amizades pessoais; sempre zelei por elas e cumpro o meu dever de amigo para com elas. Tenho minha posição política, que adotei com coragem e com convicção,de apoio ao Presidente Lula, que está fazendo um governo excepcional, com o apoio estimulante e forte do povo brasileiro. Mas nem os amigos, nem minhas convicções políticas me fariam colocar o Senado submetido a qualquer sentimento menor ou de qualquer posição pessoal. Meu dever é para com o Senado.

Por temperamento, sempre fui um homem de diálogo, de convívio pacífico, de respeito aos outros, às suas ideias e às suas posições. Mas isso, ao longo de minha vida, nunca me fez abandonar a firmeza, quando ela tem sido necessária.

Minha vida política nunca foi fácil, nem sem momentos até mesmo - posso dizer - de perigos. Se estou vivo, sobrevivi a três atentados. E houve tempo neste Senado, em que minha vida era ameaçada todo dia pelo Senador Vitorino Freire, que foi um grande inimigo que tive - e político. Nas vezes em que tive que tomar decisões impostas por minha consciência, eu assim procedi.
Na semana depois do Golpe Militar, em um clima de grande temor, de grande apreensão dentro do Congresso, em que o caráter dos homens é posto à prova, quatro dias depois, fui à tribuna da Câmara, para defender o mandato dos Deputados cassados:

"José Sarney lidera a campanha contra a cassação de Deputados" - quatro dias depois de 31 de março. Havia uma inquietação muito grande, temores de todos os lados, mas eu fui para a tribuna do Congresso, da Câmara dos Deputados, para defender contra a cassação dos Deputados e tive a oportunidade de dizer, sob aplausos da Bancada udenista, em meu discurso: "Aqui não se cassa ninguém fora dos termos previstos na Constituição e na Lei Magna, que deve ser respeitada a todo custo." Não era fácil naquele tempo se tomar uma posição dessa natureza.
No AI-5 fui o único Governador que não o apoiou. Quando o Lula foi atacado injustamente - eu não era seu amigo, nem o conhecia pessoalmente -, sendo seu adversário, escrevi na Folha de S. Paulo, em sua defesa, um artigo, defendendo a sua biografia, com o título "A Lula o que é de Lula", dizendo que devíamos respeitá-lo pelo que ele tinha feito e que ele não podia ser acusado do que estava sendo acusado.

Quando divergi do PDS, renunciei à sua Presidência, abrindo condições para montagem de uma transição sem traumas. Não aderi ao Tancredo, mas, por ele e por Ulysses, fui insistentemente convidado e cooptado para ligar-me ao movimento que o levava ao poder.

Da mesma maneira, achei melhor para o Brasil a candidatura Lula e por ele fui convidado - não fui aderir - a apoiá-lo, e ele foi muitas vezes em visita à minha casa nesse sentido.

Sempre assumi minhas responsabilidades. Presidente, decretei o Cruzado, fiz a moratória. Não eram fáceis as duas decisões. Coloquei a minha cabeça a prêmio, mas abri caminho, para que no futuro chegássemos, através dos vários planos, ao Plano Real e à estabilidade econômica. Tive a coragem de congelar os preços e até hoje pago por essa conduta. Criei o Programa do Leite, o Seguro-Desemprego, o Vale-Transporte, o Siafi, a Secretaria do Tesouro; acabei com a Conta Movimento do Banco do Brasil. Liberei as Centrais Sindicais, legalizei a UNE e os Partidos banidos, como o PCdoB e o PC. Dei o 13º salário ao funcionalismo público. Agüentei 12 mil greves, sem que nunca tivesse pedido um dia de prontidão militar, e crescemos, àquele tempo, a números que até hoje não se repetiram. Criamos uma sociedade democrática que, num sistema de capilaridade, penetrava em todas as camadas.

Aqui, no Congresso, são várias as minhas propostas. As declarações de bens que hoje nós fazemos como registro de candidatos foram iniciativa minha; a Lei da Microempresa e da Pequena Empresa, o primeiro projeto de quotas para negros, a Lei das Estatais, o Estatuto do Livro, a lei que manda o Estado dar medicamento aos aidéticos e a minha grande causa Parlamentar, que foi a cultura, com a Lei de Incentivos Fiscais.

Fui o Relator da Emenda Constitucional, que extinguiu o Ai-5. Nos meus mandatos nunca tive recurso contra a minha diplomação, nunca nenhum procedimento penal, nunca o meu nome foi envolvido em qualquer escândalo; assim, agora, das acusações que me foram feitas nas diversas representações apresentadas ao Conselho de Ética nenhuma coisa se refere relacionada com o dinheiro ou prática de atos ilícitos ou desvio de dinheiro público. São coisas que não representam nenhuma queda de padrão ético e eu vou enumera-las para que se veja como são menores e como elas podem ser jogadas e manipuladas.

Todas são respaldadas sem nenhuma exceção por recortes de jornal.

O Conselho de Ética é um órgão julgador. Há diversas decisões da Justiça que não autorizam a abertura de processo por recortes de jornais. Como denunciação caluniosa, muitas das... todas as representações, algumas delas, afirmam que eu estou sendo investigado pela Procuradoria-Geral da República.

Afirmam que estou sendo investigado pela Procuradoria-Geral da República. Quem desmente isso é o próprio Procurador-Geral da República, em declaração que ontem ele deu aos jornais, em que disse: não existem indícios suficientes contra o Presidente do Senado, José Sarney, para que a última instância do Ministério Público, o Supremo Tribunal Federal, entre nas investigações.

Na coerência do meu passado, não tenho cometido nenhum ato que desabone minha vida. Não tenho senão que resistir, foi a única alternativa que me deram.

Todos aqui somos iguais. Nenhum Senador é maior do que o outro e, por isso, não pode exigir de mim que cumpra a sua vontade política de renunciar. Permaneço pelo Senado para que ele saiba que me fez Presidente para cumprir o meu mandato.

Como lembrei em minha prestação de contas antes do recesso, todas as medidas necessárias para a reforma administrativa da Casa foram feitas. Nossa ênfase tem sido na eficiência e na transparência.

Problemas que vieram se acumulando durante vários anos estão sendo resolvidos.

Nosso desejo e determinação é que possamos retomar a nossa agenda de Casa Legislativa, discutindo os grandes problemas políticos, as reformas que aguardam uma ação firme do nosso Parlamento.

O Senado é uma Casa onde todos temos o mesmo peso, igualdade na representação, na disponibilização de assessoramento, na obediência ao Regimento, na possibilidade de cobertura na TV e na Rádio Senado, na composição dos nossos gabinetes com cargos comissionados.

Tenho sempre exercido o comando da Casa, compartilhando-o com os outros membros da Mesa Diretora e com as Lideranças. Não sou o primeiro Senador a ter a Presidência duas vezes e pela terceira vez; outros já assim a tiveram.

No entanto, hoje não se fala mais em crise administrativa do Senado. Ela sumiu e toda a mídia e alguns Senadores não a vinculam, senão a mim. Não dizem o que fiz de errado, por que devo receber punição, o que devo fazer para a reforma do Senado. Os jornais e a mídia em geral que eu conheça nunca se concentraram tanto contra uma pessoa como estão fazendo comigo, vasculhando minha vida, desde o meu nascimento e, não encontrando nada, invadem minha privacidade e abrem devassa que se estende até a minha família inteira.

Não tenho instrumentos de revidar ou responder, porque o direito de resposta e a proteção à imagem estão na Constituição, mas não se integram nem são acessíveis aos direitos da cidadania brasileira.

Repito: Do que me acusam? Quero ser objetivo e vou entrar em pontos tópicos que constam das denúncias, sem fugir a nenhum deles de ser tratado.

Antes, vamos ver como tudo ocorreu.

Desconhecia - e eu acho que também todo o Senado - que o Senado tinha 170 diretorias. Elas não foram criadas por mim!

É um número inaceitável. E estamos para isso trabalhando com a Fundação Getúlio Vargas para reduzi-lo, porque a nossa organização é atrasada, decadente em face das necessidades e avanços da Administração Pública. É uma herança do passado, mas disseram, e consta de uma das representações, que 70% dessas diretorias foram criadas por mim. Dessas diretorias, eu criei 23 na minha gestão de 1995 a 1996, para atender aos novos serviços que aqui servem aos Senadores como TV, rádio, jornal, interação com o público, Alô Senado, Interlegis, Instituto Legislativo Brasileiro para aprimoramento dos recursos humanos. Assim, os Srs. Senadores que hoje me condenam têm esse instrumento à sua disposição, porque tomei a iniciativa de fazê-lo.
Os que vêm aqui e muitas vezes me criticam o fazem através da TV e Rádio Senado, que foram obras feitas e executadas na minha primeira administração.

Em seguida, veio a denúncia dos atos secretos. Eu acho que ninguém aqui nesta Casa sabia ou podia pensar que existisse ato secreto. Acho que é necessário esclarecer primeiro ao povo brasileiro o que se chama ato secreto.

A parte administrativa do Senado, que tinha o seu boletim interno impresso, com o advento da Internet, para economia e modernização de comunicação, em 2000, depois da minha primeira Presidência, substituiu esse sistema pela Intranet, que é uma Internet exclusiva do Senado, na qual passaram a ser publicados os atos de rotina administrativa do Senado Federal.

Assim, entram na Intranet do Senado cerca de quatro mil publicações por ano. Nos nove anos em que ela existe, não se sabe por qual motivo, 511 atos não foram incluídos na rede. Uma média anual de 56 atos, ou seja, 0,84% das publicações administrativas.

A Constituição diz, no art.37, que a Administração Pública Direta e Indireta de qualquer dos Poderes deve obedecer aos princípios da publicidade, da moralidade e da eficiência. Assim, esses atos, a meu ver, tinham uma nulidade essencial. Por isso, eu, pelo Ato 294, de 14 de julho de 2009, anulei todos eles, com ressalva das decisões tomadas pela Mesa, porque eu não tinha autoridade para anular atos da Mesa, decisões estas aprovadas pelo Plenário desta Casa.

Mas se nós levarmos a uma interpretação literal dos termos da Constituição, da publicidade, que deseja que eles sejam do conhecimento de todos, também os publicados na rede da Intranet do Senado são semissecretos, porque não podem ser acessados pelo público em geral e somente pelos funcionários do Senado que dispõem de uma senha própria para assim fazer. Por isso, mandei que, a partir desta gestão, todos sejam publicados no portal do Senado, de acesso público, e não somente do conhecimento da própria Casa, e divulgar tudo, sem nenhuma restrição.

Mas voltemos aos atos secretos.

Dos 663 atos assinados considerados secretos, foi verificado que 152 tinham sido publicados no Diário do Senado Federal, não na intranet, no Diário do Senado, ficando em 511. Destes, 358 são de movimentação de pessoal, rotina da Casa, e 36 foram da Mesa, aprovados pelo Plenário do Senado Federal.

Afirmaram, contudo, e parece para a Nação inteira que fui eu que fui responsável por todos esses atos, e a opinião pública passou a receber assim essas informações erradas, deformadas e incompletas.

Quero mostrar a distribuição de sua publicação pelas diversas administrações segundo dados do nosso próprio Senado.

Quadro nº 1.
Sarney: um ato não publicado, boletins não publicados: 1 ato; Antonio Carlos Magalhães: 21 atos, 11 não publicados; Jader Barbalho: 1 ato publicado, 1 ato não publicado; Edison Lobão: 7 atos, 3 não publicados; Jader Barbalho: 0 e 0 não publicado; Ramez Tebet: 63, 303 boletins publicados, 19 não foram publicados; Sarney - na minha segunda administração: 87, publicamos 536, e 33 não foram publicados; Renan Calheiros: 260, 905 atos - ele foi por quatro anos, e, por isso, esses números crescem -, e 229 não publicados; Tião Viana - 2 meses de Presidência: 16 atos, 57 e 9 não publicados; Garibaldi Alves - 1 ano de Presidência: 207 atos, 445 boletins publicados, 106 não publicados, somando 312.

Portanto, meus 33, com um lá em cima, e, para a Nação inteira, foi dito que eu era responsável por todos os atos secretos que existiram nesta Casa. Nenhum de nós, Presidentes, sabia da não publicação desses atos. Dou esses números, para que realmente se veja e se faça justiça, porque isso foi divulgado no País inteiro; eles não eram assinados pelo Presidente e, sim, às vezes, pelo 1º Secretário, pelo Diretor-Geral, por outros diretores e por outros chefes da Casa na movimentação de pessoal.

Determinei a abertura de inquérito logo que foram denunciados, com a assistência do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União. Este inquérito foi remetido à Polícia Federal; está na Polícia Federal.

Fui Presidente do Senado quatro anos, e foram administrações modernizadoras.

Estou dizendo isso, não por mim, mas porque daqui recebi de todos os partidos, no fim do mandato que exerci, elogios considerando que este tinha sido o meu desempenho, sem exceção.
Nesses seis meses em que sou novamente Presidente do Senado, eu só fiz corrigir erros e tomar medidas saneadoras.

Acusam-me de nepotismo. Essa é a grande acusação que me é feita. Há 55 anos no Congresso, nunca adotei a norma de chamar parentes para a minha assessoria. Quero comentar a lista de nomeações das representações contra mim - estou colocando a lista, para saber quais foram elas, quais foram colocadas e que constam do processo, do PSOL e do PSDB, em uma só, porque elas se repetem, com as informações de lotação a mim fornecidas pela administração da Casa.

Quadro número um: João Fernando Sarney. Aqui no Senado - todos nós sabemos -, não se nomeia para o gabinete quem não for requisitado para nomear pelo Senador; e ele foi feito. Está aqui a requisição ao Diretor-Geral, do Senador Epitácio Cafeteira, que já teve a oportunidade de confessar que não me disse que tinha nomeado.

Segundo nome: Vera Portela Macieira Borges. Realmente, é sobrinha, por afinidade, minha. Eu requisitei do Ministério da Agricultura para a Presidência e pedi ao Senador Delcídio que a colocasse no gabinete em Mato Grosso, porque ela tinha se casado, e assim ela continuava trabalhando, não me julgando que nisso houvesse qualquer falha ou qualquer...

Não julgando que nisso houvesse qualquer falha ou qualquer... Qualquer um dos Srs. Senadores aqui nunca deixou na vida de cumprir ou de ajudar as pessoas que lhes pediram que legalmente tomassem providências.

Maria do Carmo Macieira - Eu confesso que não sei quem é. Tem o nome de Macieira, mas também não sei quem é e não trabalha no meu gabinete.

Perdão, ela foi nomeada pela Senadora Roseana. Eu não a conheço. E a lei brasileira não passa responsabilidade de filha para pai. Não há na lei brasileira - está no art. 5º - que a responsabilidade passe de filha para pai.

Pois bem, mas há o ofício da Senadora Roseana requisitando Macieira.

Isabella Murad Cabral Alves dos Santos - Também não é minha parenta. Foi nomeada pelo
Senador Cafeteira, que, segundo me afirmou, foi a pedido do Sr. Eduardo Lago, que é primo do Governador do Maranhão, que era meu adversário, e não por mim.

Virgínia Murad Araújo - Também nomeada para o gabinete da Senadora Roseana Sarney. Cada um de nós é Senador pelo seu Estado e naturalmente recruta, tem essa liberdade de recrutar quem deve trabalhar com ele. Meu Estado é o Amapá.

Nathalie Rondeau, também não é minha parenta. Não tenho nenhuma ligação de parentesco com ela.

Luiz Cantuária, também não sei quem é Luiz Cantuária.

Rosângela Terezinha Gonçalves, funcionária da Diretoria-Geral, não tenho nenhum laço de parentesco. Nem sei de quem se trata.

Maria do Carmo de Castro Meira, da mesma maneira, n ão sei de quem se trata. Funcionária da Diretoria-Geral, mas foi incluída na lista da representação contra mim.

Shirley Duarte Pinto de Araújo, também era do gabinete da Senadora Roseana Sarney. Não era do meu gabinete. Não foi requisitada para nomear por mim.

Rodrigo Cruz, também não sei quem é. Incluíram como se fosse nomeado por mim.

Agora, Fausto Rabelo Consendey, também não conheço. Não sei onde trabalha, nem q ue é meu parente ou que tenha sido nomeado por mim.

Agora aqui nós vamos ver: Ricardo de Araújo Zoghbi, Luís Fernando Zoghbi, João Carlos Zoghbi Júnior.

Ora, os senhores vêem, por essa lista, quanto isso pode ser coisa que não pode ser feita, senão coisa que não pode ser feita com seriedade, porque todos sabem que eu nunca me relacionaria aqui com o Sr. Zoghbi. E, ao contrário, mandei abrir inquérito contra ele.

E todos sabem, por que o Senador Demóstenes, daqui do plenário, teve oportunidade de fazer um a denúncia de que ele tinha sido colocado no seu gabinete.

Pois está colocado na lista como se fosse nomeado por mim.

Tenho aqui as relações feitas pelos Senadores pedindo a nomeação dos filhos do Sr. Zoghbi botaram que fui eu que nomeei na minha lista.

Dirijo-me a V. Exª para encarecer do Sr. Marcelo Zoghbi neste gabinete para o cargo em comissão... Demóstenes Torres. Estou dizendo isso, Senador Demóstenes como se faz, como foi feita essa lista.

Também tenho outra requisição do Sr. Zoghbi para o órgão central de comunicação e execução.

Não foi eu, nunca trabalhou no meu gabinete, nunca o vi, mas foi colocado como se eu tivesse sido o homem que botou.

Karla Santana, também colocaram numa lista dessa Zoghbi na função de assistente parlamentar da Quarta Secretaria, a partir desta data. Mozarildo Cavalcanti. Colocaram como se fosse eu, colocaram também na lista, não está aqui, colocaram como se fosse eu. Está aqui a requisição feita por lá.

Tem outra também do Ricardo para gabinete parlamentar da Vice-Presidência, assinado pelo Senador Eduardo da Silva Campos.

Então, meus Srs. Senadores, sou acusado por esta lista que está na representação como se fosse minha, mostrando o meu nepotismo. E aí se vê que só tenho uma pessoa dessas que eu tenha influído que é Vera Portela Macieira Borges, que pedi para botar na Presidência e pedi ao Senador Delcídio para coloca-la.

Dessa maneira a gente pode ver como as coisas são feitas.

Perdão, eu pulei Ivan Sarney. Ivan Sarney trabalhou aqui dois anos. Em 2003, 2004 e 2005, no gabinete do Senador Ivan Sarney trabalhou aqui dois anos - em 2003 ou 2004, não me lembro, 2005 -, no gabinete do Senador João Alberto, que não é mais nem um gabinete, e é incluído aqui como se estivesse na lista entre a minha maneira de fazer nepotismo dentro da Casa. (Pausa.)
Vou repetir o que já disse: essas nomeações eram feitas pelo Diretor-Geral, por requisição do Senador interessado. Foram nomeações para gabinetes. Todos nós sabemos que são privativas dos Srs.

Senadores.

Ordenei que... Consta também na minha denúncia por quebra de decoro que mandei quatro seguranças do Senado para minha casa, para fazer uma varredura na minha casa, ameaçada de ser incendiada. Se isso é falta de decoro, quero dizer que nós temos dado aqui aos Srs.

Senadores... Muitos deles têm pedido a remessa de policiais nossos ao Estado, e essa é a função da nossa Polícia.

Outra denúncia que fizeram é que meu neto tinha sido privilegiado com agenciamento de créditos consignados de forma fraudulenta. Meu neto nunca teve nenhuma relação com o Senado. (Pausa.)

"Declaro, a quem interessar possa, que o Sr. José Adriano Cordeiro Sarney não é nem nunca foi integrante do quadro de pessoal do Senado Federal, seja efetivo ou de pessoal comissionado, bem como atesto, para todos os fins de direito, que este Senado Federal não tem nem nunca teve qualquer contrato firmado com a empresa Sarcris - Consultoria, Serviços e Participações Ltda."

Essa é uma declaração feita pelo Senado Federal.

Sua relação era com o HSBC, o maior Banco do mundo, e não podia ter sido colocado, como se aqui no Senado ele tivesse sido posto por interferência de quem quer que seja.

Agora, esse contrato foi feito com o HSBC, a sua concessão, em 2005. Em 2005, quando ele operava, eu não era Presidente, não tinha nada a ver com isso, nem estou sabendo.

O que fiz, quando assumi agora, em 2007, foi ter baixado os juros de todos os bancos para 1,6%. De tal modo que, segundo informação que me deram, eram 29 e baixaram para três, o que
mostra o acerto da nossa medida.

E quando eu assumi também, no dia 2 de fevereiro deste ano, o meu neto não era mais credenciado para operar no HSBC, não trabalhava mais com crédito consignado, conforme nota do próprio Banco.

Está aqui a nota do Banco, dizendo justamente isto: que ele tinha sido dispensado... que ele não mais era credenciado pelo Banco.

Meu neto não participou da negociação de qualquer convênio do Banco com o Senado, que foi em 2005; ele ainda nem estava morando em Brasília. A autorização do Banco em que trabalhou foi anterior a minha Presidência e a participação das consignações no Senado nos contratos de sua empresa era residual, limitada a 65 contratos, 3%.

Tratou-se também da Fundação Sarney, acusando-me de nela ter funções administrativas e ter negado isto desta tribuna. Quero mostrar o que me faculta o Estatuto da Fundação, pelo parágrafo único do art. 19. Está ali: "É assegurado ao instituidor delegar total ou parcialmente, por prazo determinado, os poderes que lhe são conferidos por este Estatuto."

E eu, na condição de instituidor, Presidente vitalício e Presidente do Conselho Curador da Fundação da Memória Republicana, com fundamento no parágrafo do art. 18, delego, pelo prazo de cinco anos, ao advogado José Carlos Sousa e Silva - porque tinha que ser delegado, e ela foi renovada de cinco em cinco anos -, inscrito na Ordem, os poderes a mim conferidos por este Estatuto.

A Fundação, Srs. Senadores, não é uma coisa feita de escondido. É uma grande obra, basta ver que, no ano passado, ela foi visitada por 137 mil pessoas que assinaram no seu livro de visita. Está aqui o folder do que é a Fundação. E mais do que isto: quero dizer que é um dos pontos turísticos, estão aqui os Senadores do Maranhão que podem provar. O Senador Mão Santa já visitou também. E está aqui o folder da Fundação onde diz: Instituidor, José Sarney; Presidente, José Carlos Sousa e Silva.

...Presidente: José Carlos de Souza e Silva.

Então, nunca tive nenhuma função administrativa na fundação fundada por mim. Essas são as provas que estão sendo mostradas aqui.

Quero comentar também outras notícias sobre a minha família que nada tem a ver com o Senado. Estavam discutindo, sou Senador e estou sendo representado como decoro parlamentar, mas, colocaram minha família que nada tem a ver com o Senado. E acusaram-me, numa campanha pessoal, de favorecer o namorado da minha neta por um ato secreto, nos trechos dos diálogos divulgados de maneira ilícita, porque ninguém pode fazer isso, gravar alguém e pegar uma conversa interlocutória e divulgá-la sendo segredo de justiça com o objetivo do processo, quanto mais com outra pessoa, e ainda mais com um Senador da República, que tem foro privilegiado pelo Supremo Tribunal Federal. De modo que é uma ilegalidade, além de ser uma brutalidade, que hoje é comigo, mas, amanhã pode ser feito com qualquer um dos Senhores.

Nos trechos dialogados, divulgados de maneira ilícita, verifica-se que se trata de conversas coloquiais entre familiares, que nada tem a ver com processo de segredo de justiça e, pela lei, deveriam ser eliminados.

Não há nelas qualquer palavra minha, mesmo nessa gravação, em relação à nomeação por ato secreto. É claro que não existe o pedido de uma neta; se pudermos ajudar legalmente, qualquer um de nós não deixa de ajudar.

A pessoa indicada era competente, formado em Física, pós-graduado e sempre trabalhou com assiduidade...e recebe elogios dos seus chefes nesta Casa.

Sou acusado de ter recebido outra coisa, falta de decoro parlamentar: auxílio-moradia do Senado por sete meses. O auxílio-moradia é legal, é direito dos Senhores Senadores. Muitos dos Senadores recebem auxílio moradia, mas, por uma questão própria, pessoal, eu não quis aceitar auxílio-moradia, e depositaram em minha conta, e eu mandei estornar esses depósitos, mandei estornar, não estava indenizando.

Agora, quero mostrar aos senhores os métodos que foram adotados.

Não encontrando nada contra mim, então faltando - acho - notícia, querendo generalizar - os senhores vão ficar pasmados - fraudaram a fita que distribuíram aos jornais e incluíram o meu nome com a voz de uma outra pessoa, que passa no diálogo pensando que é um interlocutor dizendo: "Eu vou, estou indo para a casa do Sarney", e aí me colocaram como sendo um homem que participava da Operação Gautama do Sr. Zuleido Vera. Se eu já vi Zuleido Veras três ou quatro vezes na minha vida, foi muito e nunca tive intimidade, nunca freqüentou a minha casa, mas fraudaram e colocaram. Isso foi feito numa perícia feita pelo Sr. Molina, o grande conhecido perito nesse assunto. "O negócio não está solto, não. Já, no dia 9, vai chegar à casa do Sarney já, já", essa palavra não é dele...

É outra voz que foi enxertada na fita para que eu pudesse então colocar-me dentro desse problema.

Está aqui e ele também disse: "a voz que diz a frase relativa ao Senador José Sarney é a voz de quem se identifica como Zuleido na conversa telefônica, não pertence ao mesmo interlocutor.

Mais ainda, no laudo completo ele prova e mostra a mudança de ciclagem tecnicamente, como está comprovado. No entretanto, isto foi feito. Para quê? Se foi feito nisso, quantas dessas gravações que publicaram aí não foram montadas? Quantas? Alguém pode dizer, afirmar que não se procede? E onde foram montadas?

Quem é responsável por isso? Nós não temos, nenhum de nós - hoje é impotente - para saber exatamente esse tipo de processo que se usa.

Mas a campanha não fica só aí. Eu quero também dizer ao Senado uma coisa lamentável. Nessa busca foram atrás do sujeito, da pessoa a quem eu vendi minha fazenda em 2002, Sr. Geovani. E um jornalista, credenciado aqui no Senado, chega no seu escritório agredindo, chamando: "O Senhor é "laranja" do Sarney, confesse!" e rouba os papéis que estavam em cima da mesa dele e sai correndo.

Pois bem. Isto está gravado aqui - porque o senhor, como o Sr. Giovani, tem gravação de TV em seu escritório, a cena foi filmada e não deixa dúvida.

São esses os métodos que se faz numa campanha dessa natureza. Este não é um método de Deotonlogia - da profissão - e eu acredito que todos os jornalistas que estão ali jamais concordariam com isto. Mas eu decidi porque é do meu temperamento. Eu fiquei estarrecido com isto. Pensei se deveria exibi-lo mais aqui, mas decidi que eu iria ser arrastado ao nível do debate que eu tenho criticado e que não é do meu feitio. Pelo bem de todos, quero sair em respeito à imagem das pessoas. Não vou, portanto, publicar mas dizer que isto ocorreu e se alguém duvidar e se colocarem na minha palavra, eu colocarei à sua disposição em minha defesa mas não vou divulgar porque não quero ofender criatura humana nenhuma, colocando-a em dificuldade aqui.

Acredito, no entanto, que o que houve foi da maior gravidade. É uma demonstração em até que ponto foi levado essa guerra contra a minha pessoa. Devo registrar, por uma questão de justiça, que o veículo informado da conduta do repórter, não utilizou os documentos que ele furtou.

Assim, Srs. Senadores, não está se desejando melhorar e nem pensando no Senado mas se está numa campanha pessoal, sem respeitar a minha privacidade, os meus 55 anos de vida público, de serviços prestados a este País e a este Senado de muitas e cruéis lutas.

Meus 55 anos de vida pública, de serviços prestados a este País e a este Senado, de muitas e cruéis lutas, graças a Deus, sem nódoa nenhuma. São essas as graves acusações que pesam sobre a minha pessoa e merece a minha quebra de decoro parlamentar.

Eu quero resumir, em nenhum momento da minha vida faltei ou faltarei com o decoro parlamentar, logo eu que prezo a liturgia, porque decoro é conduta, cidadão de vida ilibada, de hábitos simples, ter falta de compostura e de decoro? Nunca eu acho que poderia alguém me acusar de uma coisa dessa natureza. Não favoreci neta ou neto meu, não abusei da minha autoridade ao requisitar o envio de seguranças para a minha residência, não menti ao dizer que não tinha responsabilidade por atos administrativos na Fundação José Sarney.

Sou, isto sim: vítima de uma campanha sistemática e agressiva. Humildemente, como é do meu feitio, peço aos meus Colegas que me julguem pela minha conduta austera, sem arrogância, respeitando todos e com todos mantendo boa convivência e não pelas mentiras, pelas calúnias, pelas montagens, como se acaba de ver, pelas acusações levianas de desrespeito às pessoas.

Peço justiça, para que possamos sair da crise e voltarmos nesta Casa ao ambiente de tranqüilidade. Esta, na razão da minha personalidade, é o meu apelo, é a minha mensagem.

Não vou mudar!

Não vou mudar. O meu apelo é a volta de uma convivência pacífica entre nós. O que não posso aceitar é a humilhação de fugir das minhas responsabilidades sem me dar outra solução senão aquela de me humilhar, de me submeter à humilhação pública perante o País.

No meu último discurso, falei em vencer a injustiça pelo silêncio, mas me lembrei de Clemenceau, um grande estadista francês que dizia que é muito mais difícil lidar com o silêncio do que com as palavras.

Que a paz seja restaurada nesta Casa, que o ódio e a paixão política não nos façam perder a razão. Cito, para terminar, palavras de uma jovem, de uma moça neurocientista, Ana Carolina, num livro que publicou, em que diz que obedecer à consciência, à sua consciência, é honrar a vida. É um trabalho sobre o cérebro. Ela diz: "É um tempo difícil, eu sei. Qualquer entre luz transeunte é percebida como a mais intensa escuridão, mas segure, aguente, persista, resista, encontre qualquer ponto de força que ainda more dentro de você. Você é amado também por muitas pessoas".

Minha força não é o desejo de poder. Este cargo não me acrescenta nada senão agruras, injustiças, decepções e trabalho, mas minha certeza de que nada fiz de errado, a minha fé e a minha crença de que as Senhoras e os Senhores Senadores são justos - e a convivência faz conhecer as pessoas, nós nos conhecemos uns aos outros - ajudar-me-ão a reconstruir a paz e a harmonia no Senado, sendo julgado com espírito único de justiça.

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Jolie

Madonna

Michael

Britney volta à ativa

sábado, 1 de agosto de 2009

Se ele nao tivesse pirado

Projeção de como Michael Jackson seria no ano 2000, se não tivesse feito tantas intervenções cirúrgicas

Ele pisou na bola


Butterfly


Cores da natureza


Menino, nem te conto!


Black is beatiful


Torre Eiffel nigth & day


Megan Fox de Monalisa