sábado, 29 de agosto de 2009

A guerra continua

Custo de Olimpíada na TV sobe oito vezes em oito anos

O COI (Comitê Olímpico Internacional) vai faturar US$ 170 milhões com a venda dos direitos televisivos para o Brasil da Olimpíada de 2016, cuja sede só será escolhida em outubro (o Rio está na disputa), calculam as emissoras de TV.

Trata-se de um valor oito vezes e meia maior do que o que Globo, Band e canais pagos desembolsaram pelos Jogos de Pequim (US$ 20 milhões) e quase três vezes o que a Record pagou por Londres-12 (US$ 60 milhões por todas as mídias).

A concorrência pelos direitos dos Jogos de 2016 terminou anteontem. Os recentes ataques entre Globo e Record aumentaram a tensão. Nenhuma TV admitia ficar sem os direitos.

Na primeira rodada, a Record teria feito a melhor proposta (US$ 100 milhões por todos os direitos). Mas Globo e Band fizeram oferta conjunta diferente: direitos exclusivos para TV paga, internet e celular e não exclusivos para TV aberta.

O COI percebeu nisso a chance de faturar mais e abriu uma segunda rodada, alegando que a diferença entre lances era pequena. A Record aumentou para US$ 120 mi. Globo/Band também subiram. Venceram.

A Folha apurou que as duas redes vão pagar US$ 75 milhões pelos direitos de TV aberta (dos quais a Band arcará com US$ 20 milhões). Estima-se no mercado que desembolsarão mais US$ 65 milhões pelos direitos das demais mídias.

A Record, para não ficar de fora e não prejudicar a venda de patrocínio de Londres-12, teve de aceitar o compartilhamento de direitos. Segundo executivos da Globo, vai pagar US$ 50 milhões. Fontes da Record dizem que pagarão bem menos: US$ 30 milhões.

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