terça-feira, 17 de março de 2009

Quanto vale um Ronaldo?



O jogador Ronaldo virou atração nacional pelo seu desempenho nos últimos jogos, quando transmitiu a imagem de que estava renascendo das cinzas --até pouco tempo, só se falava nas suas contusões, no seu peso e, para completar, em seus escândalos sociais, metido no mundo das celebridades. A gordura era a tradução do descaso, da falta de responsabilidade, de foco. Afinal, já tem tanto dinheiro, por que se esforçar? Mas será que ele pode ser tornar um bom exemplo educativo para os jovens?


O psiquiatra Içami Tiba, especialista em educação, comentou comigo que o jogador está dando uma amostra de resiliência, ou seja, a habilidade de não perder a garra, depois dos traumas --no meu site, aprofundo o conceito de resiliência. É algo, segundo ele, que se desenvolve em casa e, depois, na escola.


É consenso entre educadores que se dissemina a chamada "Geração Tanto Faz", composta de crianças e adolescentes cercadas de proteção e, por isso, sem treino para suportar obstáculos e frustrações. Tudo tem de ser fácil e imediato --e divertido. Falar que a conquista de amanhã depende do esforço de hoje faz pouco efeito.


Criam-se assim seres fracos, sem projetos, incapazes de enfrentar desafios --portanto, dependentes.


Com seu culto às celebridades, que valem não por quanto pesam, mas pelo que aparentam, a sociedade reforça o estímulo da "Geração Tanto Faz". Gente que não fez nada vira sucesso, basta ficar uns dias no "BBB". Some-se a isso que, por falta de projetos coletivos, o consumo se transformou quase num vício, estimulando a busca do prazer imediato e descartável.


Se Ronaldo continuar nesse ritmo, treinando duro, se aplicando, acabaria sua carreira por cima. Talvez nunca mais volte à seleção --mas terá agido como educador. É muito melhor do que ser lembrado pelos escândalos sexuais.


Gilberto Dimenstein, 52, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha Online às segundas-feiras.

Gilberto Dimenstein - Jornalista

segunda-feira, 2 de março de 2009

Reage PMDB!


O que falta ainda dizer sobre o caráter político dos peemedebistas que já não disseram igual ou pior a respeito da capacidade de raciocínio das louras?!

Fisiologismo, para elas, é pinto! Juiz de futebol também está acostumado a não dar bola que lhe chamem de ladrão, filho da mãe e o escambau, mas não lembro de outra raça, categoria ou cambada tão resignada ao esculacho quanto essa turma do PMDB depois que ficou por cima da carne-seca.

Ofensa genérica não é com eles. “Corruptos”, “quadrilheiros”, “inescrupulosos”, “golpistas” – eu, hein! Esse tipo de tratamento dispensado a toda hora ao coletivo da sigla não atinge a direção do PMDB, que já avisou: só dará relevo aos xingamentos quando surgir um “fato concreto” que fundamente o noticiário.

Pela lógica do partido, toda loura-burra também pode exigir o ônus da prova, desde que, naturalmente, saiba o que é isso.