quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Despedida do locutor Windson Clay na Metropolitana FM



link:

http://gabrielpassajou.wordpress.com/2009/08/18/ouca-a-despedida-de-windson-clay-da-metropolitana-sp/#comment-809

Salve, Clay!

Arrepiado aqui, grande irmão.

Bom...

Tenho a honra de dizer que conheço a gênese dessa história bonita escrita por esse grande profissional do rádio brasileiro. E, provavelmente um dos grandes do dial mundial.

Era o fim dos áureos anos 80 e minha paixão pelo veículo rádio me levou a prestar atenção aos locutores que surgiam na freqüência FM - pós-Radio Nacional de Brasília -no interior do Maranhão, mas especificamente em Imperatriz, segunda maior cidade do estado em população e economia.

E lá estava ele "Windson Clay", ainda um garoto (devia ter uns 16/17 anos) já dominando com desenvoltura um programa de rádio na principal FM de Imperatriz.

Passei a ouví-lo com grande interesse na Mirante FM e fiquei impressionado com o ritmo, a alegria, a criatividade, a rapidez de raciocínio, o domínio da língua portuguesa, a perfeição na pronúncia da língua inglesa, e a precisão das palavras emitidas por aquele "moleque". Dava gosto de ouvir.

Dominou por um bom tempo a audiência nos horários que lhe foi confiado. Escutá-lo era garantia de alto astral, boa música, informação relevante e aquela sensação de que você estava ouvindo alguém que alçaria vôos bem mais altos e ousados.

O tempo passava e Windson Clay crescia, se desenvolvia como profissional e como pessoa, e ficava claro, para quem o acompanhava que aqui já havia ficado pequeno pra ele. Ele já era maior que a oportunidade que lhes deram na Rádio Imperatriz, Terra FM e na grande escola chamada Mirante FM.

Já no começo da década de 90, éramos colegas de turma no curso de locução para rádio e TV realizado pela Universidade Federal do Maranhão e pela Associação de Imprensa da Região Tocantina – AIRT, quando Windson Clay me disse:

- Jerry, porque você não faz teste lá na Mirante FM? Estou saindo. Vou pra Vitória no Espírito Santo e eles vão contratar dois locutores.

De supetão assim ele me dá duas notícias “bombas”. Uma que confirmava que aqui tinha ficado pequeno pra ele e a outra de que eu poderia substituí-lo no programa “As 3 Mais do Ouvinte”, uma das audiências da grade da emissora no horário da manhã.

Dito e feito.

Windson Clay se mandou e não parou mais de conquistar corações Brasil afora. Aonde chegou foi novidade e fez a diferença. Radio Cidade, Capital, e acho que mais um ou dois outros prefixos na capital capixaba, até ser descoberto pela Jovem Pan e pelos caras de Sampa. O primeiro time do rádio brasileiro.

O resto é o que todos nós que acompanhamos o Clay sabemos.

Aqui pra nós, profissionais de rádio do Maranhão, o nome Windson Clay sempre lembrou competência, correção, técnica vocal apurada e um locutor que tem absoluta noção do que representa essa profissão especial.

Não bastasse isso tudo, Clay é gentil, educado, boa praça e conserva uma humildade de menino do interior, mesmo depois de conviver com a nata do rádio brasileiro. Filho do velho Otair Moreira, lendário radialista maranhense, Windson Clay honra o nome e a categoria que o escolheu.

Em resumo:

Feríssima!

Uma página boa e bonita do rádio brasileiro. Rítmo, domínio de voz, mestre com vinhetas e trilhas, sagaz e criativo como poucos. Nunca o vi falando uma besteira no ar. Não diz uma palavra que não seja pertinente. Quero ver ouvinte “Zé ruela” não entrar na dele. O melhor de nossa geração. Foi aonde quis no rádio. Impossível ouvi-lo sem ser contagiado. Um grande locutor. Muitos não sabem, mas Windson Clay tmb é fera nas pick-ups. Produtor criativo e tarimbado. Faz uma locução comercial pra acabar com as economias de qualquer Nonô Correia. Figuraça nos bastidores. Vai fazer muita falta, esse filhote bem sucedido de Julinho Mazzei. Orgulho de seu Otair (seu pai) no que se meter a fazer na comunicação, vai fazer bem feito. Acredite!

Sorte Clay, porque talento você tem de sobra.

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